sexta-feira, 27 de março de 2009


O FUNDADOR DO METODISMO


Samuel Wesley não era uma pessoa querida pelos seus paroquianos e, por isso tanto, ele como a família, sofreram alguns ataques violentos. Na noite de 9 de Fevereiro de 1709, deitaram fogo à reitoria. Uma das mais conhecidas histórias sobre John Wesley refere-se ao seu salvamento, quando tinha cinco anos de idade, por um homem firmado nos ombros de outro, pouco antes de o teto ruir. O grito de Susanna "não é este um tição retirado do fogo?" tornou-se uma profecia. O próprio John foi, mais tarde, influenciado pela convicção da mãe de que Deus tinha uma missão especial para ele.

John Wesley viveu na Inglaterra do Século XVII, quando o cristianismo, em todas as suas denominações, estava definhando. Ao invés de influenciar, o cristianismo estava sendo influenciado, de maneira alarmante, pela apatia religiosa e pela degeneração moral. Dentre aqueles que não se conformavam com esse estado paralizante da religião cristã, sobressaiu-se John Wesley. Primeiro, durante o tempo de estudante na Universidade de Oxford, depois como líder no meio do povo. John Wesley pertencia a uma família pastoral, que vivia em Epworth, numa região afastada de Londres. Em seu lar absorveu a seiva de um cristianismo genuíno.

Ao entrar para a universidade, Wesley não se deixou influenciar pelo ceticismo cínico e nem pela libertinagem. Como reação a isso formou. junto com outros poucos jovens, o chamado "CLUBE SANTO". Os adeptos dessa sociedade tinham a obrigação de dar um testemunho fiel da sua fé cristã, conforme as regras da Igreja Anglicana. Eram rígidos e regulares em suas expressões religiosas, no exercício de ordem espiritual e no auxílio aos pobres, aos doentes e aos presos. Por causa dessa regularidade, os demais companheiros da universidade zombavam e ridicularizavam os membros do "CLUBE SANTO" dando-lhes o apelido de "METODISTAS".

Embora cumprisse fielmente a disciplina do "clube", John Wesley não se sentia satisfeito. Durante anos lutou com esse sentimento de insatisfação até que em 24 de maio de 1738, na rua Aldersgate, em Londres, passou por uma experiência espiritual extraordinária, que é assim narrada em seu diário:

"Cerca das nove menos um quarto, enquanto ouvia a descrição que Lutero fazia sobre a mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma meneira especial, me haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira vez, sentia em meu coração".

Para John Wesley, clérico da Igreja Anglicana, esse novo sentir não era como a conversão de um infiel a Cristo. Era um aprofundar na compreensão do que significa ser cristão. O movimento metodista, por muitas décadas não se organizou em igreja. Na Inglaterra o movimento organizou-se em igreja somente pouco depois da morte de John Wesley em 22 de março de 1791. Sendo assim, o fundador do movimento metodista morreu Anglicano, sem nunca ter pertencido à Igreja Metodista.

Retirado do site da Igreja Metodista - REMA


segunda-feira, 23 de março de 2009

Reflexao - Rm 1:17

O justo viverá por fé

Muitas vezes a fé é substituída pelo que está diante dos olhos e pelos sentimentos. As emoções felizes e as experiências profundas que satisfazem o coração fazem parte da vida cristã, mas isso não é tudo. Ao longo do caminho estão aflições, conflitos, combates e provas, e não devem ser contados como infelicidade, mas como parte de nossa necessária disciplina.

Se estamos andando obedientemente diante do Senhor, devemos considerar,em todas estas experiências,o fato de que Ele habita em nossos corações ,mesmo que não estejamos sentindo.É aqui que muitos ficam perturbados,procuram andar pelas emoções,em vez de pela fé.

Uma irmã consagrada conta que certa vez Deus parecia ter-Se afastado dela, sua misericórdia parecia haver desaparecido completamente. Sua solidão durou um mês e meio e depois disso parecia-lhe que o Senhor dizia: “... Você tem procurado por mim do lado de fora, no mundo dos sentimentos, mas todo tempo Eu tenho estado esperando por você, encontre-se comigo no interior de seu espírito, pois eu estou ali”.

Façamos distinção entre o fato da presença de Deus e a emoção do fato. É uma felicidade quando, embora a nossa alma se sinta solitária e deserta, a fé pode dizer: “Eu não Te vejo, eu não Te sinto, mas embora eu esteja como estou, Tu estás ai.”Digamos a nós mesmos,repetidamente: “Tu estás aí,embora a sarça não pareça arder,sei que ela está ardendo. Vou tirar minhas sandálias porque o lugar em que estou é terra santa”. – London Chistian.

Creiamos mais na Palavra e no poder de Deus do que em nossas emoções e experiências.A nossa Rocha é Cristo, e não é a Rocha que oscila nas marés, mas o mar. – Samuel Rutherford

Tenhamos os olhos fixos na grandiosidade infinita da justiça e da obra consumada de Cristo. Olhemos para Jesus e creiamos, olhemos para Jesus e vivamos!Olhando para Ele, icemos as velas de nossa embarcação e singremos com ousadia os mares da vida. Não fiquemos parados no porto da desconfiança ou adormecidos na sombra, em repouso inativo, nem à mercê da instabilidade do nosso humor e das emoções, como o barco no porto, largado ao sabor das ondas. A vida religiosa não consiste em pairar sobre emoções. Avancemos com as velas içadas e os olhos postos nAquele que governa a fúria das águas. A segurança do passaro está em suas asas. Se o seu abrigo é próximo ao chão, se ele voa baixo,expõe-se à armadilha ou a rede do caçador. Se ficarmos revolvendo-nos nas regiões baixas dos sentimentos e emoções, ver-nos-emos em mil malhas de duvida e desanimo, de tentação e incredulidade. Esperamos em Deus.

O que Você faz na igreja?

Deus só vive para homem, mas este perdeu a independência e a dignidade para poder entendê-lo.


O mundo sempre precisou da Igreja, esta, porém, preocupou-se mais consigo mesma do que com as necessidades do mundo, ao qual deve servir.


O incrédulo sente um desejo ardente de ser crente também, mas o fanatismo, o orgulho e a falta de alegria observadas nos crentes impeliram-no para outros rumos, aos quais se habituou muito bem.


Contudo é esta a época do homem, a oportunidade da Igreja,o momento do “crente”.

Poema de Ernesto F. Bernhoeft:

O Deus que ficou कालादो?

Ontem terminei a leitura de um livro que estava na minha lista há anos: Noite de Elie Wiesel. Escrito em 1958, o livro de pouco mais de 100 páginas narra a experiência de Wiesel nos campos de concentração alemães durante a Segunda Guerra Mundial, onde sua mãe, irmãs e, finalmente seu pai, morreram juntamente com milhões de outros judeus. Elie Wiesel tinha apenas quinze anos quando foi levado para os campos de concentração. Judeu devoto, ele viu sua fé em Deus morrer aos poucos, à medida que via seus compatriotas virarem fumaça nas chaminés dos crematórios. Quando terminei de ler o livro, lembrei-me da história verdadeira narrada por Robert McAFee Brown, sobre a experiência que ele teve junto com Elie Wiesel em um dos crematórios de Birkenau, o campo de morte de Auschwitz, num dia cinzento e triste do verão de 1979:

Um grupo de judeus estão diante das ruínas que os Alemães tentaram (sem sucesso) apagar, para esconder evidências que seis milhões de Judeus foram fuzilados, postos em câmaras de gás e incinerados em tais locais, somente pelo fato de serem Judeus. Eu penso: se o Gólgota revelou o senso de abandono de Deus de um Judeu, Birkenau multiplica essa angústia pelo menos três milhões e meio de vezes. Para o resto de minha vida, este crematório representará o caso mais poderoso contra Deus, o local onde alguém poderia - com justiça - denunciar, negar, ou (pior ainda) ignorar Deus, o Deus que ficou calado. Qual o sentido de palavras num momento como este? Tantos clamaram a Deus aqui neste lugar e não foram ouvidos. O silêncio humano hoje é a única resposta apropriada ao silêncio divino de ontem. Ficamos em silêncio. Nosso silêncio é ensurdecedor. E então surge - primeiro dos lábios de um homem, Elie Wiesel (no campo onde trinta e cinco anos atrás sua vida, sua família e sua fé foram destruídas), e então em um coro crescente de outros, a maioria Judeus, a grande afirmação: Shema Yisroel, Adonai Elohenu, Adonai Echod (Ouça, Ó Israel, o Senhor nosso Deus, o SENHOR é o Único Deus).No lugar onde o nome de Deus poderia ter sido agonizantemente negado, o nome de Deus é agonizantemente afirmado - por aqueles que tinham mais razões para negá-lo. Eu estremeço de tensão entre meu impulso de negar e a decisão deles de afirmar. Porque eu estive em Birkenau, é agora impossível para mim afirmar Deus do modo como eu fazia antes. Porque eu estive em Birkenau com eles, é agora possível para mim afirmar Deus de modos como eu nunca o fiz antes.(Elie Weisel: Messenger to All Humanity por Robert McAfee Brown, páginas 189-190) .

Por:Rev Baggio

É relativamente fácil afirmar Deus quando tudo está bem, o céu está azul, o sol brilhando, as flores dando um colorido especial à nossa volta. Mas a fé verdadeira nos convoca a afirmar Deus, mesmo quando todas as evidências ao nosso redor clamarem o contrário.

Por: