quinta-feira, 5 de março de 2009

Jazz!!!!

Louis Armstrong é, sem dúvida, o músico de jazz mais conhecido do público em todo o mundo. Foi chamado de “a personificação do jazz”. Seu retrato e sua voz são inconfundíveis, até para quem não é aficionado do jazz.

Nascido em Storyville, o distrito de New Orleans famoso por seu ambiente, digamos, diversificado, que incluía de bordéis até igrejas, passando por espeluncas diversas, Louis Daniel Armstrong passou a infância mergulhado em grande pobreza. Seu pai abandonou a família asssim que Louis nasceu. Dividindo seu tempo entre a liberdade das ruas e o trabalho para ajudar a família, o pequeno Louis tornou-se uma criança extremamente esperta e adaptada à vida difícil. Conseguiu comprar uma corneta e, sozinho, começou a aprender a tocá-la. Também cantava com um grupo pelas ruas para ganhar uns trocados a mais. Na noite do ano novo de 1912, por brincadeira, atirou para o alto com um revólver, e por isso foi enviado a um reformatório, onde passaria um ano e meio. Curiosamente, foi essa temporada no reformatório que o fez ter um contato intensivo com a música, tocando bugle e corneta na banda da instituição. Ali também começou a aprender harmonia. De volta à liberdade, fez diversos bicos para se sustentar, e aproveitava cada oportunidade para emprestar uma corneta e tocar onde fosse possível, dentre as inúmeras bandas que pululavam por New Orleans - uma música que, no entanto, ainda não era o jazz.

A extraordinária musicalidade inata de Armstrong, somada à disciplina técnica que havia adquirido na banda do reformatório, capacitaram-no a tocar num estilo pessoal, incisivo e virtuosístico que ultrapassava o estilo reinante em New Orleans naquele tempo. Por volta de 1917, Joe “King” Oliver, percebendo o talento do jovem, tomou Armstrong sob sua proteção, e quando foi para Chicago em 1918, recomendou Armstrong para substituí-lo na banda de Kid Ory. Louis tocou com a banda de Fate Marable entre 1919 e 1921, e em 1922 foi para Chicago para se juntar novamente a Oliver. Em 1924 casou-se com Lillian Hardin, a pianista do conjunto de Oliver (a segunda de suas quatro esposas). Por incentivo de Lil, Louis deixou Oliver e entrou para a orquestra de Fletcher Henderson em Nova Iorque, com quem ficaria pouco mais de um ano.A estréia de Armstrong como líder se deu em 12 de novembro de 1925. Nos anos seguintes, Armstrong gravaria muito, com os Hot Five de 1925-1926, os Hot Seven de 1927 e os Hot Five de 1928 - os melhores (com seis integrantes), com Earl Hines ao piano. Toda essa série de gravações é absolutamente antológica, e ocupa um lugar central na história do jazz. Nelas, o gênio de Armstrong se revela em sua plenitude. Durante esse período, Armstrong também trabalhou com inúmeras orquestras. Foi por essa época que ele trocou definitivamente a corneta pelo trompete. A partir de 1929, Armstrong deixa os conjuntos pequenos e passa dezenove anos trabalhando apenas à frente de grandes orquestras, sempre como estrela absoluta. Em 1932 e 1933 fez suas primeiras turnês pela Europa. Em 1938 Louis e Lilian se divorciam e ele se casa com Alpha Smith. Em 1942 casa-se com Lucille Wilson, que seria sua esposa até o fim da vida. Nos anos 40, especialmente com o declínio do swing no pós-guerra, a música de Armstrong começou a ser considerada pelo público como um tanto fora de moda. Em 1948 forma o Louis Armstrong and His All Stars, um sexteto de grandes músicos, nos moldes do seu segundo Hot Five, agora com a participação do ex-clarinetista de Duke Ellington, Barney Bigard, o notável trombonista Jack Teagarden, o baixista Arvel Shaw, o grande baterista Sid Catlett, e o mestre Earl Hines ao piano. Esse conjunto se revela o contexto ideal para a arte de Armstrong, e com ele faz turnês por todo o mundo. No entanto, com o passar do tempo, ocorreram sucessivas mudanças no pessoal dos All Stars, o padrão musical caiu sensivelmente, e a música se tornou mais previsível.

Nos anos 50 e 60, Armstrong se tornou uma celebridade sem paralelo no mundo da música popular, graças não só às suas turnês e gravações, mas também, às suas participações em filmes. Apesar de ter sofrido um ataque cardíaco em 1959, continuou ativo e realizando turnês. Enfrentou algumas críticas por parte dos ativistas negros norte-americanos, pelo fato de não militar mais ativamente no movimento dos direitos civis. Porém é preciso lembrar que, naquela época, Louis já se aproximava dos 60 anos de idade, e pertencia a uma geração diferente daquela que estava assumindo a linha de frente dos protestos e da militância no final dos anos 50 e ao longo dos anos 60. Armstrong trabalhou até os seus últimos dias, e morreu dormindo em sua casa, em Nova Iorque, em 6 de julho de 1971.
Numa avaliação objetiva, no plano musical, toda a fama de Armstrong, de proporções quase mitológicas, é plenamente merecida. Ele efetivamente redefiniu o jazz, e foi o seu primeiro grande virtuose. Em primeiro lugar, Armstrong expandiu os limites de seu instrumento, ampliando a extensão do trompete até notas consideradas inacessíveis aos executantes anteriores, de tão agudas. Seu som é límpido e quente, com um vibrato absolutamente regular nos finais de frases, como poucos na história do jazz. Seu fraseado é admiravelmente focalizado e, acima de tudo, inventivo: Armstrong inicia e termina suas frases em pontos que nunca são óbvios. Sua improvisação nos depara uma imaginação que parece inesgotável. A influência de Armstrong pode ter sido mais direta ou indireta, dependendo das épocas e dos estilos em voga, porém nunca desapareceu completamente; está presente em todo o jazz. A maioria dos trompetistas que vieram depois de Armstrong têm alguma dívida para com ele.

Com o passar dos anos, Louis começou a cantar cada vez mais, às vezes até mais do que tocar, e foi principalmente essa imagem que ficou gravada no inconsciente coletivo - a de cantor e entertainer, mais do que trompetista. Alguns críticos consideram a propensão cada vez maior de Armstrong para cantar como um sinal claro de declínio ou acomodação no plano musical. Porém é preciso entender o canto de Armstrong como sendo mais uma faceta de seu talento, que já se manifestava em algum grau desde os anos 20. Com uma voz singular e sem paralelo na história da música - embora se tenha freqüentemente tentado imitá-la - Armstrong era um grande cantor. O timbre rouco e grave teria sido considerado esdrúxulo em qualquer outro contexto, porém para o jazz se mostrava um instrumento admirável. A entonação aparentemente “preguiçosa” escondia um timing perfeito e um senso rítmico impecável, que dava a cada frase o recorte perfeito. Uma outra característica única da voz de Armstrong era a maneira pela qual ele mantinha o vibrato mesmo nas consoantes finais das palavras (“ar-r-r-r-r”, “is-z-z-z-z”, etc). Finalmente, deve-se destacar que ele era um cantor imensamente expressivo, que valorizava cada verso da letra na medida exata.


Acima de tudo, Armstrong demonstrou, ao longo de toda a carreira, possuir uma personalidade generosa, em termos tanto humanos como musicais.

Editado por santoscecilio em Ago 19 2008, 13h

ALERTA!!!!!+Uma seita metida

CULTURA RACIONAL
Tipo: Seitas e heresias / Autor: Administração do site

O FUNDADOR


A Cultura Racional (CR) e seu fundador são identificados nas suas publicações como sendo um "uno indivisível". O fundador da Cultura Racional - Manoel Jacintho Coelho - torna bem patente sua importância em todas as doutrinas pregadas pela seita. Quando nos propomos a falar sobre Cultura Racional (CR) não podemos nos esquecer de que Manoel Jacintho Coelho é Cultura Racional e Cultura Racional é Manoel Jacintho Coelho. Ambos se confundem, se entrelaçam, fazem parte do uno e indivisível (JR - Jornal Racional - 9/85 - o negrito é nosso). Nasceu no dia 30 de dezembro de 1903, e no dia do seu nascimento os jornais noticiaram a queda de um meteoro no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, mas foi um erro da imprensa. Tratou-se, na verdade, de um corpo de massa cósmica que ao longe parecia uma estrela, e que, depois de penetrar paredes, entrou no corpo de um bebê que nascia naquele instante (UD - Universo em Desencanto - 8/894.149; JR - 11/12/84).
Segundo a CR, essa criança cresceu e, 32 anos depois, confirmava seus dotes cósmicos ao receber do mundo racional uma série de mensagens que se caracterizaria numa coleção intitulada Universo em Desencanto. Surgiram, assim, por meio de Manoel Jacintho Coelho (MJC), o mestre, os fundamentos da CR. O Sr. Manoel é o único ser desta galáxia terrestre que nasceu com o raciocínio plenamente desenvolvido e com a missão de trazer à humanidade o conhecimento de si mesma, de todos e de tudo, através do desenvolvimento do raciocínio (JR - 9/85, p. 3).
É um homem humilde dos mais humildes, simples dos mais simples e tolerante dos mais tolerantes, sem vaidades e sem ambições, julga a matéria como ela é... Somente pensa no bem de todos e somente trabalha noite e dia para a salvação de todos (UD - 83.148).

Não parece ser tão humilde assim o Sr. MJC como as publicações acima apontam, pois reclama para seu nome importância especial. Afirmam seus seguidores que alguns arriscam dizer que MJC é um deus ou um todo-poderoso, alguns dizem ser ele um santo.

O que quer dizer Manoel? Manoel, em hebraico, quer dizer: 'Deus está na Terra'. E em outras línguas quer dizer: 'O Salvador' (UD - 55.98). "Ele é muito mais que um pai.O Pai eterno que está aqui para mostrar luz."Afirma a seita sobre o fundador. Em segundo lugar identifica-se como o que veio trazer paz à terra, assumindo a posição de Jesus que é chamado o "Príncipe da Paz" em Is 9.6. Dele se diz: Carioca, com a cor dos nativos, a cor de bronze, a cor da união de todas as raças, que veio trazer paz, o amor, a fraternidade e a concórdia entre todos universalmente (JR - 82, p. 2).

Depois dos exemplos expostos, não é de se estranhar que o Sr. MJC se coloque na posição de Jesus Cristo, nosso Salvador pelas reivindicações que faz de si mesmo. Alega que seu nome - Manoel - assemelha-se a Emanuel; Deus está na Terra; Deus conosco. Como sabemos pela leitura da Bíblia, Emanuel é um nome aplicado exclusivamente a nosso Senhor Jesus Cristo (Isaías 7.14; cf. Mateus 1.21-23).

Da forma como a Bíblia descreve o surgimento da estrela anunciando o nascimento de Jesus em Belém (Mt 2.1-11), o nascimento de Manoel Jacintho Coelho foi sobrenatural, pois na ocasião se deu a queda de um meteoro pousando sobre sua casa. Para um leitor atento da Bíblia a linguagem usada pela CR com relação ao mestre MJC não é estranha. Jesus no sermão profético anunciou o surgimento de falsos cristos, porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos (Mt 24.5).

COMPARADO A DEUS


Não satisfeito em se identificar como sendo Jesus, ele vai mais além e reivindica sua condição de Deus, Pai. As publicações afirmam dele: Ele é muito mais que um pai. O Pai eterno que está aqui para mostrar a luz. E ele, com extrema paciência de Deus que é... Ele veio para ser pai! O Pai das gerações, por estarem ligadas a ele, através do desenvolvimento do raciocínio. Dirigindo-se a um grupo de turistas que visitava o local de sua residência, no Rio de Janeiro, entregou-lhes uma mensagem para o ano de 1984, nos seguintes termos: "Agora que vieram fazendo todo o sacrifício, enfrentando tudo, para homenagear o 'Verdadeiro Deus', todos irão melhorar de situação e de saúde e terão sua recompensa pelo esforço e sacrifício feitos durante essas longas viagens. Serão beneficiados e protegidos pelo Verdadeiro Deus, que é o Racional Superior que vos fala" ("Mensagens para o ano de 1984" - Zero Hora - 1/1/1984). (JR - 7,8/95) Sem temor coloca-se na mesma posição do Pai Celestial, pois: diz ser muito mais que um pai: o "Pai Eterno"; alega que é o verdadeiro Deus.

Essas pretensões são condenadas pela Palavra de Deus (Nm 23.19; Os 13.4; Rm 4.22-23; 1 Jo 2.18). Dizendo-se Deus, não dispensa essa honra. De si mesmo é dito: Por esta razão, algumas pessoas chegaram e chegam aos seus pés, ajoelhando-se, beijando-lhe as mãos e os pés, sussurrando com lágrimas nos olhos: O Senhor é Deus (JR - 1/86, p. 5).
Como pode um homem de quem se diz ter o raciocínio plenamente desenvolvido não ter consciência de sua condição de homem, pecador (1 Jo 1.8, 10), e aceitar a adoração que só Deus merece? (2 Ts 2.4) Este foi o desejo de Satanás: tornar-se Deus, e por isso foi lançado fora do céu (Is 14.12-14; Ez 28.14-16).

CULTURA RACIONAL

Origem:A CR foi fundada no antigo Distrito Federal, em 1935, no Méier, na rua Lopes da Cruz, 89, num centro espírita denominado Tenda Espírita Francisco de Assis (UD - 8, 31.48). Embora fundada naquele ano, somente passou a ser divulgada a partir de 1970. O fundador recebeu a ordem de fechar o centro espírita porque havia chegado ao mundo uma Nova Era: a era do racional (UD - 8, 31-48).

Finalidade:A Cultura Racional é a cultura do desenvolvimento do raciocínio, do mundo que deu origem a este em que habitamos, por isso não é religião, seita ou doutrina, nem tampouco é ciência, filosofia, nem espiritismo. E também não precisa de igreja, sinagoga, mesquita ou casa de pregação. Esta cultura não ataca, não defende, não humilha, é a favor de todos. Interessa a toda a humanidade, pois é o conhecimento de onde viemos e para onde vamos, como viemos e como vamos, por que viemos e por que vamos (JR - 11, 12/82, p. 18).(sublinhado é nosso) .Essa seita adota a mesma estratégia do espiritismo, da maçonaria, da Ordem Rosa-cruz e de outras tantas organizações em negar sua condição de entidade religiosa. Sua finalidade - afirma - é apenas filosófica que procura responder às perguntas: de onde viemos e para onde vamos; como viemos e como vamos; por que viemos e por que vamos. Para chegar a esse conhecimento, basta ler os livros intitulados Universo em Desencanto. Isso dá origem a um movimento de leitores em torno dos livros publicados por MJC.

Embora pretenda ser ecumênica, a CR não se omite de citar freqüentemente a frase: A CR é a verdade das verdades: Logo recebi a prova luminosa de que a Cultura Racional é o caminho da verdade das verdades, o único capaz de trazer libertação a todos os seres da terra e do espaço (JR - 10/78, p. 7 - o negrito é nosso).
Em seguida, vai mais além ao afirmar: A Cultura Racional não é uma religião, talvez seja A Religião no sentido alto do termo. Já disse uma vez: a palavra religião vem de religar, reunir, repor, recolocar o homem à Força Suprema. Nesse sentido, talvez se possa entender a Cultura Racional não como uma religião particular (com clero particular, com uma liturgia); não é. Pode ser A Religião, o Conhecimento que religa o homem à natureza; reúne o homem à sua origem, tendo em vista o seu fim (JR - 4/86, p. 3 - grifo nosso). Diz mais: Não existem duas verdades. A verdade é uma só: É Racional (JR - 11/75, p.10 - grifo nosso).

Ao declarar numa publicação que não é organização religiosa e noutra alega ser "A Religião" faz-nos parecer lobo vestido de ovelha, como apontou Jesus em Mt 7.15-16 - A CR se veste de ovelha, mas na verdade é lobo. Usurpa assim a posição ímpar de Jesus- "o único caminho, a verdade e a vida." (Jo 14.6). Propõe-se a religar o homem a Deus através da literatura da coleção Universo em Desencanto, enquanto que o caminho correto, segundo as Escrituras, é Jesus (1 Co 3.11;1 Tm 2.5; Hb 7.25).

Características:Os adeptos usam roupagem toda branca (calça e camiseta) com o símbolo do grupo (um portal) e postam-se nas esquinas e praças com cavaletes, onde expõem gravuras explicando a origem do mundo, conforme consta no livro Universo em Desencanto. Andam normalmente em grupos, com instrumentos musicais, denominando-se caravaneiros. Seu período de trabalho é quase sempre aos domingos pela manhã.
Para justificar sua roupa branca e o livro que divulgam, fazem algo nada comum à seita: citam a Bíblia, no livro de Apocalipse 22.14 (só que de modo truncado), ... felizes daqueles que estão lavando os seus mantos para vestirem-se de branco e terem a felicidade de entrar pela porta da cidade... com palmas nas mãos e um livro...

A transcrição correta do versículo diz: Bem-aventurados aqueles que lavam suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas. O texto bíblico afirma que a pureza dos vestidos é por terem sido lavados no sangue de Jesus e não pela leitura dos livros UD, como também não consta a expressão um livro (Ef 1.7; 1 Pe 1.18-19; 1 Jo 1.7; Ap 1.5).

UNIVERSO EM DESENCANTO

Universo em Desencanto é uma coleção de livros lançada pela CR que se apresenta como uma "bíblia" para eles. Os adeptos explicam o sentido do vocábulo desencanto, afirmando que significa cada um no seu canto, cada um no seu lugar - o Mundo Racional. Buscam com isso dar solução a tudo e a todos os problemas - cada ser no seu canto (UD - 871.133; 13.12; 13.13).

Como resultado da pesquisa no livro Universo em Desencanto, afirmamos que se trata de obra de origem mediúnica (ou espírita), que pretende narrar ao leitor a origem da Terra, as etapas de sua formação ou degenerescência e propor remédio para os males presentes e futuros.
Justificamos nossa afirmação de que UD é uma obra de origem espírita por ter seu fundamento em uma sede espírita. Veja algumas afirmações que mostram a origem do UD: A Umbanda não parou - aqui está a continuação da umbanda e de todo o mundo espiritual (quando fala aqui, ele se refere ao livro UD).

Esse conhecimento de Cultura Racional nasceu da umbanda. É a continuação da umbanda e de todo o espiritismo filosófico e científico e de toda a ciência filosófica e científica... Foi o primeiro passo para se encontrar a meta final, que é o princípio e o fim de tudo e da vida humana e por isso o espiritismo não parou (JR - 9/85).

Mais uma declaração provando ser a CR de origem mediúnica e conseqüentemente também a coleção UD: Nos outros centros espíritas há Cultura Racional. No centro espírita Marinheiro, em São Paulo, foi nomeado pelos Orixás o Sr. Diomar como presidente do centro e Guia Espiritual de Umbanda... Então nomearam o Sr. Diomar como Guia Espiritual de exu, porque é uma pessoa que está mais ou menos ligada à Energia Cósmica, tendo em mãos o livro que faz a ligação com o Mundo Racional, para encaminhar a humanidade ao encontro de seus irmãos de origem, o Mundo Racional (JR - 5/78, p. 13 - grifo nosso).

Como se observa, a maior difusão do livro se dá em centros espíritas e terreiros de Umbanda. Embora procurem disfarçar o título das entidades com que se comunicam, na verdade, esses seres chamados do mundo racional não são outros senão os mesmos a que os espíritas dão o nome de espíritos de mortos mas que, na verdade, são espíritos demoníacos. Em Apocalipse 12.9 se diz: E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo. Essa fraude diabólica tanto mais notória se faz quando se pode discernir que a CR e os habitantes do mundo racional nada mais são que demônios que povoam os ares (Ef 2.2; 6.12; 2 Ts 2.9-10). Sendo demoníaca sua origem, é condenada por Deus (Dt 18.9-12; Is 8.19-20).


AS ORIGENS DO PLANETA TERRA


A coleção UD descreve a origem do planeta Terra ou da humanidade de modo bastante irracional e infantil. Dizem: A verdadeira origem da humanidade - Este mundo em que habitamos surgiu do mundo racional, numa deformação de sua origem. No mundo racional existia um pedaço de planície que não estava pronto para entrar em progresso e uns tanto que, fazendo uso da vontade, por conta própria, precipitaram o resultado: esse pedaço, por não estar pronto, começou a descer e descendo sempre, até chegar e ficar o mundo como está (Álbum, p. 1).

Quando tais declarações são confrontadas com a Bíblia, podemos descobrir a infantilidade e a irracionalidade de tais ensinos. Deus é o Criador do universo como apontam os textos de (Gn 1.1; Hb 11.3; Ap 4.10-11). Depois de criado é dito que Deus viu que tudo quanto tinha feito era muito bom (Gn 1.31). Entretanto, o homem, usando de seu livre-arbítrio tomou do fruto da árvore da qual Deus lhe dissera para não comer (Gn 2.16-17; 3.1-5) e assim trouxe a maldição sobre a terra criada que se estendeu a toda a humanidade (Gn 3.17; Rm 3.23; 5.12).


A PREEXISTÊNCIA DO HOMEM

A CR tem uma maneira singular de explicar a preexistência do homem admitindo a evolução. Afirma que: O princípio foi de monstros. De monstros para selvagens. De selvagens para bicho racional. De bicho racional para ser humano (Álbum, p. 13).



Jesus Cristo é a"pedra angular" do cristianismo.

Dizem as Escrituras que a criação não passou por evolução. Os seres inferiores foram criados cada qual dentro de sua espécie: "E fez Deus as bestas-feras da terra conforme a sua espécie. E assim foi. E fez Deus as bestas-feras da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil da terra conforme a sua espécie. E viu Deus que era bom."(Gn 1.24-25). Da mesma forma o homem que foi criado perfeito por Deus (Ec 7.29).

AS ETAPAS DE TRANSFORMAÇÃO DO HOMEM.

Como se não bastasse a forma como explicam nossa evolução, a CR tem uma explicação nada racional para a involução ou retrocesso da humanidade. Dizem que, se não evoluirmos por meio da leitura dos livros UD, desceremos ainda mais na escala da degradação, chegando à seguinte situação: Daqui (ser humano) se transforma para a classe inferior que é a do irracional. Transmuta-se numa infinidade de classes de macaco;


de macaco já se transforma em outra classe - um cachorro;
de cachorro já se transforma em outra classe - de cobras;
de cobra já se transforma em jacaré;
de jacaré já se transforma em porco;
de porco já se transforma num sapo;
de sapo já se transforma em burro;
de burro já se transforma num boi;
de um boi já se transforma em carrapato;
de um carrapato já se transforma em barata;
de barata se transforma num rato;
de um rato se transforma numa mosca;
de uma mosca se transforma em urubu;

de urubu se transforma em lesma;

de lesma se transforma em galinha;

de galinha já se transforma em minhoca;

de minhoca se transforma em borboleta;

de borboleta se transforma em javali;

de javali se transforma em gambá;

de gambá se transforma em porco-espinho;

de porco-espinho se transforma numa onça.


Contrapondo tais conceitos absurdos com o título pomposo de racionalidade, a Bíblia declara que o homem logo após a sua criação já era um ser altamente desenvolvido podendo dar nome a cada um dos animais criados "E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo..."( Gn 2-20) .O ensino da CR é reencarnacionista hinduísta, que admite a metempsicose. A metempsicose admite a regressão à condição de animal inferior caso o ser humano não evolua na encarnação anterior. Retorna como animal inferior. É por isso que na Índia não se admite a alimentação de animais e se protegem insetos nocivos e animais como o rato como se fosse um ser humano em fase de carma negativo.

OS REMÉDIOS PARA OS MALES PRESENTES E FUTUROS

Enquanto falamos em salvação os adeptos da CR falam em imunização racional. Para não chegar à situação final da onça, na escala descendente exposta na obra Universo em Desencanto, a solução é encontrar a imunização racional. E, para chegar à imunização, só há uma solução: a leitura freqüente dos respectivos livros UD. Daí o homem pode evoluir:
de ser humano para Aparelho Racional; de Aparelho Racional para Racional; de Racional, passam para o grau de Supremacia Racional; e do grau de Supremacia Racional, passam para o Racional Puro, limpo e perfeito, no seu verdadeiro mundo de origem (Álbum, p. 1).

A MÁQUINA DO RACIOCÍNIO

A humanidade tem três máquinas dentro da cabeça. A primeira máquina, a máquina da imaginação; a segunda máquina, a do pensamento; e a terceira, a do raciocínio (JR - 10, 12/84). É assim que a CR define o raciocínio. A partir de 1935, o mundo entrou no terceiro milênio, no ano em que surgiu a CR.

Assim, no primeiro milênio a natureza sintonizava com a energia magnética desenvolvendo a imaginação; no segundo milênio com a energia elétrica desenvolvendo o pensamento e agora entramos no terceiro milênio, onde a sintonização é feita por meio de Energia Racional desenvolvendo o raciocínio... As energias elétrica e magnética funcionaram em conjunto durante dois milênios (JR - 7, 8/85, p. 3).

O raciocínio é o ponto vital da vida eterna. Nele estão todos os recursos para a solução das causas do sofrimento da humanidade (JR - 11, 12/82, p. 26).


Você leitor entendeu a linguagem "racional" da entidade? É próprio citar Romanos 1.22: Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos (Romanos 1.22).


A LIGAÇÃO COM O MUNDO RACIONAL

Segundo a CR, a ligação com o mundo racional é feita através de uma parte do cérebro humano, que estava paralisada por estarmos ligados à energia deformada (elétrica e magnética). Essa parte do cérebro humano chama-se glândula pineal ou hipófise, conhecida como a glândula do raciocínio.

Para abreviar a ligação de todos ao seu verdadeiro mundo de origem - o Mundo Racional - é preciso soltar o embrião magnético a que estava preso o raciocínio, tolhido de funcionar por não ter chegado ainda a sua época, o seu tempo, a sua fase.

Dizem eles:

A glândula pineal, quando desenvolvida pela energia própria do desenvolvimento que é a energia racional, defende a criatura de qualquer categoria de enfermidade, pois gera no sangue uma espécie definida de leucócitos ou anticorpos que torna impossível a vida dos agentes patogênicos. A energia racional elimina a causa dos males, imunizando a pessoa dos efeitos negativos das energias elétrica e magnética, tornando a criatura que a desenvolveu apta a se comunicar com qualquer pessoa em qualquer lugar ou distância sem uso de palavras (JR - jul./ago./1985; 5/1986; 9/1983).

O centro divino, oculto dentro da cabeça de cada indivíduo em contato com o mundo de onde ele veio, o mundo racional, esclarece o problema mundial, que sempre afligiu a humanidade: a sua origem - de onde viemos e como voltar para lá (JR - 1/86; P. 4).

Errando na identidade de Jesus...perde-se a vida eterna.


Recomendam a leitura do livro UD para atingir a imunização racional:
Como fazer para atingir o estado de imunização racional? Vivem no mundo com as entranhas fracas de tanto pensar e no momento que lêem, o pensamento encontra-se tão abatido, que acabam de ler e nada sabem explicar a contento, precisando ler constantemente para ir refazendo a saúde, fortalecendo a mente e guardando o que lêem para terem em si o saber e saberem esclarecer os demais (UD volume 8, p. 67, pergunta 127; JR - 6/78, p. 4).

Ligação ou ilusão?


Essa salvação ou imunização pelo desenvolvimento do cérebro através da leitura dos livros Universo em Desencanto é, fora de dúvida, outro evangelho (Gl 1.8-9; 2 Co 11.4). Lemos ainda em 1 Coríntios 2.14: O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. A Cultura Racional trocou o plano de salvação apontado na Bíblia pelo desenvolvimento do cérebro ou do raciocínio, quando a salvação está na pessoa augusta de Jesus Cristo (Jo 3.16; 5.24; 5.8; 1 Co 15.3-6).


A propósito, diz ainda Paulo: Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as fracas deste mundo para confundir as fortes. E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são. Para que nenhuma carne se glorie perante Ele (1 Co 1.25-29).


Discos Voadores


A CR tem profunda intimidade com discos voadores e seres extraterrestres. Em seus folhetos, programas de rádio e no Jornal Racional, são comuns as citações a espaçonaves e seres intergalácticos. Bem-aventurados estes OVNIs, Perfeitas Energias do Consciente Supremo, cuja pureza não fará pairar nenhuma dúvida sobre o resgate das sementes deformadas, pois é chegado o tempo de curar a lesão responsável pela amnésia e a inconsciência dos entes para com sua base de origem (JR - 9/78, p. 11 - o negrito é nosso).
É só desenvolvendo o raciocínio que a humanidade pode entrar em contato com esses habitantes do mundo racional, que muitos tratam de discos voadores, porque a fase natural da natureza é a fase racional. E nesses livros, que são deles, todos entrarão em contato com eles, pelo desenvolvimento do raciocínio. Lendo e relendo o raciocínio é o que basta para desenvolver o raciocínio (JR - 11, 12/82).


Em primeiro lugar, a Bíblia não menciona coisa alguma sobre a existência de seres em outros planetas, denominados habitantes do mundo racional. Em Gênesis 1.14-18 lê-se que as estrelas e céus foram criados para sinais, estações, dias e noites, não como lugar de habitação de qualquer espécie de seres. Deuteronômio 4.32 diz que Deus não tem aliança com outros seres no Universo fora do homem, que Ele mesmo criou. O único planeta habitado, mencionado na Bíblia, é o planeta Terra (Is 45.12).Em segundo lugar, a Bíblia ensina que a vinda de Cristo foi planejada e ordenada desde a fundação do mundo, a fim de que fosse efetivada no tempo próprio (At 2.22-23; Gl4.4-6). Tendo Jesus morrido pelos pecados da humanidade, diz a Bíblia que ele não morre mais. Seu trabalho de salvação está completo, terminado (Rm 6.9; Hb 9.22; 10.12). Entretanto, ao morrer pelo pecado do homem foi absolutamente necessário que ele também se fizesse homem, para que pudesse representar legitimamente a humanidade (Fp 2.5-8; Hb 2.17-18; 4.15). O problema dos seres racionais extraterrestres que deram margem à degenerescência, se de fato existirem, exigiria que Jesus nascesse no mundo racional, possuísse uma natureza idêntica à deles e por fim morresse por eles, para redimi-los como fez com a raça humana. Tal não aconteceu porque Jesus não morre mais, é imortal (Hb 2.17-18; Rm 6.9).
Jesus anunciou o surgimento de falsos cristos.

Por último, a Bíblia declara que os últimos dias seriam caracterizados por sinais e prodígios de mentira, e os discos voadores poderiam muito bem ser parte desses sinais de que fala a Bíblia (2 Ts 2.9-11; Lc 21.11). Em Efésios 2.2 diz-se que Satanás é o príncipe das potestades do ar. No original grego, o vocábulo potestades (exousia) é um substantivo coletivo, significando o inteiro império de espíritos maus, e o vocábulo ar (aer) significa mundo atmosférico, circundando a Terra. Se a atmosfera é uma região de poderes demoníacos, de acordo com o texto podemos facilmente entender que podem existir poderes demoníacos nos tais discos voadores - caso existam. A teoria de que os discos voadores podem ter origem satânica tem mais consistência, à luz da Bíblia, do que a crença em seres do mundo racional procurando entrar em contato conosco, mormente porque suas mensagens se contradizem ao Evangelho de Cristo. Não ignoramos ser possível aos demônios forjar milagres e manipular a matéria, tomando forma humana, de objetos, de seres etc. (Êx 7.9-12; 19-22; 8.17-19). Não seria de se estranhar que fizessem uma pedra grande parecer um disco voador.

Mas qual a verdadeira questão por trás da crença nos discos voadores e a quem interessaria? Imagine que, por ocasião do arrebatamento, os cristãos resgatados venham a ser identificados como sementes deformadas que, a fim de curar a lesão, tenham sido transportados para uma região desconhecida - a base de origem - preservando-se na Terra os racionalmente desenvolvidos (veja citação acima: JR - 9/78). Tal colocação, além de discriminatória não se alinha às pretensões diabólicas de manter cegos os homens à realidade da iminente volta de Cristo, bem como à constatação deste fato, uma vez efetivado?

Jesus Cristo:Jesus Cristo é a pedra angular do Cristianismo (1 Co 3.11; Tt 4.11-12). A fé, a esperança, o amor, enfim, a vida do verdadeiro cristão está firmada em Cristo. Vemos em Cristo nosso Senhor, Salvador, o Amor. Não se fala em Cristianismo sem considerar o soberano poder de Jesus Cristo.


A maneira como MJC vê Cristo é completamente diferente da nossa. Qualquer cristão sincero repudiaria seu ponto de vista. Veja o que ele responde à pergunta:
Quem foi Cristo, o que é que o senhor me diz de Cristo? Como a Cultura Racional vê Cristo? Resposta de MJC: Cristo foi um filósofo do seu tempo, igual a uma infinidade de filósofos que existiram no nosso mundo, como Buda, Alá, Maomé, como Jeová e outros tantos. Cada um criou sua filosofia diferente uma da outra.


É impressionante o conceito herético que MJC tem de Cristo falando dele como filósofo. Prova que o desconhece por inteiro. Ademais, Alá é o nome do deus do islamismo que, mesmo na crença islâmica, nunca esteve na Terra, só mesmo na cabeça "iluminada" de MJC. Quanto a Jeová, é um nome que se aplica às três pessoas da Santíssima Trindade (Mt 28.19 comp. Sl 83.18; Jr 23.5-6; 2 Co 3.17-18). Pelo fato de ele citar Jeová e Cristo, subentende-se que estava se referindo ao Pai, que nunca viveu neste mundo, humanamente falando.

Comparar Jesus com filósofos, sejam eles quais forem, é outro grande absurdo para quem crê nas Escrituras Sagradas. A Bíblia diz que as palavras de Cristo jamais passarão (Mt 24.35), o que, seguramente, é demais para um filósofo. Poderia um filósofo possuir títulos de Isaías 9.6? "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.


Autor deste artigo:Pastor

Tetragrama YHVH


O Tetragrama YHVH (יהוה), refere-se ao nome do Deus de Israel em forma escrita já transliterada e, pois, latinizada, como de uso corrente na maioria das culturas atuais.

Originariamente, em aramaico e hebraico, era escrito e lido horizontalmente, da direita para esquerda יהוה; ou seja, HVHY. Formado por quatro consoantes hebraicasYud י Hêi ה Vav ו Hêi ה ou יהוה, o Tetragrama YHVH tem sido latinizado para JHVH já por muitos séculos.

As letras da direita para esquerda segundo o alfabeto hebraico são:

Hebraico

Pronúncia

Letra


י

Yodh ou Yud

"Y"


ה

He ou Hêi

"H"


ו

Waw ou Vav

"V"


ה

He ou Hêi

"H"


O tetragrama aparece mais de 6.800 vezes — sozinho ou em conjunção com outro "nome" — no texto hebraico do Antigo Testamento, a indicar, pois, tratar-se de nome muito conhecido e que dispensava a presença de sinais vocálicos auxiliares (as vogais intercalares).

Os nomes YaHVeH (vertido em português para Javé), ou YeHoVaH (vertido em português para Jeová), são transliterações possíveis nas línguas portuguesas e espanholas , mas alguns eruditos preferem o uso mais primitivo do nome das quatro consoantes YHVH, já outros eruditos favorecem o nome Javé (Yahvéh ou JaHWeH). Ainda alguns destes estudiosos concordam que a pronúncia Jeová (YeHoVaH ou JeHoVáH), seja correcta, sendo esta última, a pronúncia mais popular do Nome de Deus em vários idiomas.

(Letras Hebraicas י (yod) ה (heh) ו (vav) ה (heh), ou Tetragrama YHVH

Na Bíblia Hebraica e Septuaginta Grega

YHWH grafado em páleo-hebraico, em fragmento da Septuaginta Grega ainda usada no Século I

A antiguidade e legitimidade do Tetragrama como O Nome de Deus para os judeus pode ser comprovada na conceituada tradução para o grego da Bíblia Hebraica, chamada Septuaginta Grega, onde o Tetragrama aparece escrito em hebraico arcaico ou páleo-hebraico. Foram encontrados em fragmentos de cópias primitivas da LXX (Papiro LXX Lev. b, Caverna n.º 4 de Qumran, datado como sendo do Século I a.C.) onde o Tetragrama YHWH' é representado em letras gregas (Levítico 3:12; 4:27).

Estudos revelam que apenas em cópias posteriores da Septuaginta Grega, datadas do final do Século I d.C. em diante, os copistas começaram a substituir o Tetragrama YHWH por Kýrios, que significa SENHOR (em letras maiúsculas) e por Theós, que significa Deus. Foi devido a isto, a razão de YHWH ter desaparecido graficamente do texto do Novo Testamento em algumas traduções bíblicas.

Outros conceitos sobre Deus YHWH

Outros estudiosos encaram YHWH como um deus da natureza adorado no Sul de Canaã e pelos nómades dos desertos circundantes, intimamente ligado ao Monte Horebe, na Península do Sinai. Segundo o livro bíblico de Génesis, foi o Deus YHWH que se revelou ao semita Abrão (depois chamado de Abraão) em Ur, na Baixa Mesopotâmia. Historicamente, surge aqui o princípio do monoteísmo hebraico no interior de uma sociedade fortemente politeísta.

O Deus YHWH é deste modo identificado como a Divindade que causou o Dilúvio Bíblico. É o Deus de Adão, de Abel, de Enoque e de Noé. É o Criador do Universo e de todas as formas de vida na Terra. É também chamado por Adonaí (Soberano Senhor), Elohím (Deus, e não deuses, visto que trata-se de plural majestático), Ha Adhóhn (o [Verdadeiro] Senhor), Elyóln (Deus Altíssimo) e El-Shadai (Deus Todo-poderoso).

Assim, o Deus YHWH se assume como um deus familiar, o "Deus de Abraão, de Isaque e Jacó", protector da linhagem do "descendente" [ou "semente"] de Abraão. De seguida, torna-se no Deus das 12 tribos de Israel. É o Deus Libertador do povo de Israel da escravidão no Egipto e quem o faz conquistar a terra de Canaã. Para tal, revela-se a Moisés, a quem entrega seus Dez Mandamentos no monte Sinai. Para sua adoração e cumprimento de sua Lei, são constituídos sacerdotes os da tribo de Levi, ou Levitas, sob a liderança do Sumo Sacerdote, da linhagem de Aarão.

Com o estabelecimento da Monarquia do Antigo Israel, e mesmo após a divisão do Reino, emerge o papel dos profetas do Antigo Testamento como porta-vozes especiais do Deus YHWH. Tornam-se desse modo figuras-chave na vida religiosa, com uma autoridade única. Também consolidam a ideia da vinda do Messias como o "Ungido" de YHWH, descendente da Tribo de Judá e da Casa Real de David.

Temerosos em Transgredir a Lei de Deus

O Tetragrama YHWH no alfabeto fenício, aramaico e hebraico moderno.O Tetragrama que aparece milhares de vezes nas escrituras sagradas era um nome muito conhecido na época de Jesus Cristo, contudo com a passar do tempo o significado fonético se perdeu. Para alguns estudiosos da literatura judaica, esse que deveria ser o nome de Deus era impronunciável, e segundo a explicação cientifica dos judeus, passaram a não pronunciar o nome do Deus Todo Poderoso, porque sentiam-se temerosos em transgredir o terceiro mandamento de Deus no Decálogo.

Não tomarás o nome de YHVH, teu Deus, em vão [ou "dum modo fútil", blasfêmia], pois YHVH não considerá impune aquele que tomar seu nome em vão.Assim, em determinado período, surgiu entre os judeus uma idéia supersticiosa, de que era errado até mesmo pronunciar o Tetragrama YHWH. Não se sabe exatamente em que se baseou a descontinuidade do uso deste nome. Alguns sustentam que o nome era considerado sagrado demais para ser proferido por lábios imperfeitos. Mas uma pesquisa no Velho Testamento não revela nenhuma evidência de que quaisquer dos adoradores de YHWH alguma vez hesitassem em proferir o nome Dele.Documentos hebraicos não-bíblicos, tais como as chamadas Cartas de Laquis (escritas em fragmentos de cerâmica encontradas em Tell ed-Duweir em 1935 e outras três em 1938), mostram que YHWH era usado na correspondência comum na Palestina na última parte do Século VII A.C. Em todas as cartas legíveis têm expressões como:

"Que הוהי [Javé ou Jeová] faça que meu senhor ouça hoje mesmo notícias de paz." Lachish Ostracon IV, Ancient Near Eastern Texts, p. 322.[1].

Outro conceito sustenta que se pretendia impedir que povos não-judaicos (gentios) conhecessem O Nome e possivelmente o usassem mal. Todavia, o antigo Testamento afirma que o próprio YHWH faria com que Seu nome "fosse declarado em toda a Terra", para ser conhecido até mesmo aos seus adversários. (Êxodo 9:16; Isaías 64:2; Jonas 1:1,17) O Nome do Deus de Israel era conhecido e usado por nações pagãs (politeístas) tanto antes da Era Cristã como nos primeiros séculos dela.[2]

A origem da superstição

O Nash Papyrus (Século II a.C.) contém uma parcela do texto pré-Massorético, especificamente os Dez Mandamentos.Não existem certezas do(s) motivo(s) originalmente apresentado(s) para se descontinuar a pronúncia correcta do Tetragrama YHWH, assim como também há muita incerteza quanto à época em que tal conceito supersticioso se iniciou. Alguns afirmam que começou após o Exílio Babilónico. Mas o profeta Malaquias, foi um dos últimos escritores do Velho Testamento (na última metade do Século V a.C., dá grande destaque ao Nome Divino.Outras obras de referência sugerem que O Nome deixou de ser usado por volta de 300 a.C.. Evidência para esta data foi supostamente encontrada na ausência do tetragrama (ou de uma transliteração dele) na tradução Septuaginta Grega, iniciada por volta de 280 a.C.. É verdade que as cópias mais completas dos manuscritos da Septuaginta Grega agora conhecidas seguem uniformemente o costume de substituir o Tetragrama YHWH por expressões substitutas. Estes manuscritos principais, remontam apenas ao Século IV e ao século V Mas descobriram-se recentemente cópias mais antigas da Septuaginta Grega que continham o Tetragrama YHWH, embora em forma fragmentária.

Uma delas, descoberta no Egipto, são os restos fragmentários dum rolo de papiro da LXX com uma parte de Deuteronómio (32:3,6) identificado como Papiro Fouad Inventário n.° 266. Apresenta 49 vezes o Tetragrama YHWH, escrito em caracteres hebraicos quadrados, em cada ocorrência no texto hebraico traduzido. Registram-se mais três ocorrências de YHWH em fragmentos não identificados (116, 117 e 123). Os peritos datam este papiro como do Século I a.C. , e neste caso, foram escritos quatro ou cinco séculos antes dos manuscritos já mencionados.

Comentando que os fragmentos mais antigos da Septuaginta Grega realmente contêm YHWH, o Dr. P. Kahle diz:

"Sabemos agora que o texto grego da Bíblia [a Septuaginta], no que tange a ter sido escrito por judeus para judeus, não traduziu o nome divino por Kýrios, mas o Tetragrama escrito com letras hebraicas ou gregas foi retido em tais manuscritos. Foram os cristãos que substituíram o Tetragrama por Kýrios, quando o nome divino em letras hebraicas não era mais entendido'."[3]

Assim, pelo menos em forma escrita, não existe evidência sólida de qualquer desaparecimento ou abandono da pronúncia do Tetragrama YHWH no período a.C..

No Século I, surge pela primeira vez alguma evidência duma atitude supersticiosa para com esse nome. Flávio Josefo, historiador judeu que descendia duma família sacerdotal, após narrar a revelação que Deus forneceu a Moisés no local do espinheiro ardente, ao falar sobre pronúncia do Nome de Deus do tetragrama YHWH menciona apenas:

"O Nome sobre o qual estou proibido de falar."[4]

Esta mudança ocorreu nas traduções gregas da Septuaginta nos séculos que se seguiram à morte de "Jesus Cristo" (Yeshua) e de seus apóstolos. Na versão grega de Áquila, que data do século II d.C., e na Hexapla de Orígenes, que data por volta de 245, YHWH ainda aparecia em caracteres hebraicos.[5]

Ainda no Século IV, Jerônimo, perito bíblico e tradutor da Vulgata Latina, diz no seu prólogo dos livros bíblicos de Samuel e de Reis:

"E encontramos o nome de Deus, o Tetragrama, em certos volumes gregos mesmo hoje, expresso em letras antigas."[6]

A pronúncia do Tetragrama YHWH

O Códice Leningrado, do Século XI

Na segunda metade do primeiro milénio na nossa era, os escribas conhecido por massoretas introduziram um sistema de sinais vocálicos para facilitar a leitura do texto consonantal em hebraico que poderia conduzir a inumeros significados e em vez de inserir os sinais vocálicos correctos de YHWH, colocaram outros sinais vocálicos para lembrar ao leitor que ele devia dizer Adhonai ("Soberano Senhor") ou Elohím ("Deus").

O Códice de Leningrado, do Século XI, tem no Tetragrama YHWH, sinais vocálicos para rezar Yehvíh, Yehváh e Yehováh. A edição de Ginsburg do texto massorético tem sinais vocálicos para que reze Yehováh. (Génenis 3:14) Os hebraístas em geral são a favor de Yahvéh como a pronúncia mais provável. Salientam que a forma abreviada do nome é Yah (ou Jah, na forma latinizada), como no Salmo 89:8 e na expressão HaleluYah (que significa "Louvai a Jah!"; em português, é vertida por Aleluia). Também as formas Yehóh, Yoh, Yah e Yáhu, encontradas na grafia hebraica dos nomes Jeosafá, Josafá, Sefatias e outros, podem todas ser derivadas de Yahwéh. As transliterações gregas feitas pelos primitivos escritores cristãos indicam uma direcção algo similar. Ainda assim, de modo algum há unanimidade sobre o assunto entre os peritos.

A posição actual das Testemunhas de Jeová sobre este ponto resume-se ao seguinte: Visto que, actualmente, não se pode ter certeza absoluta da pronúncia, parece não haver nenhum motivo para abandonar, em português, a forma bem conhecida, Jeová, em favor de Javé. Se tal mudança fosse feita, então, a bem da coerência, deviam ser feitas alterações na grafia e na pronúncia de uma infinidade de outros nomes encontrados na Bíblia. Por exemplo, Jeremias seria mudado para Yir.meyáh, Isaías se tornaria Yesha.yá.hu, e Jesus seria pronunciado Yehoh.shú.a em hebraico ou I.e.soús, no grego.

No entanto reconhecem no livro Estudo Perspicaz das Escrituras:

"Na segunda metade do primeiro milênio EC, peritos judeus introduziram um sistema de sinais para representar as vogais ausentes no texto consonantal hebraico. Com referência ao nome de Deus, em vez de inserir os sinais vocálicos corretos dele, colocaram outros sinais vocálicos para lembrar ao leitor que ele devia dizer ’Adho•naí (que significa “Soberano Senhor”) ou ’Elo•hím (que significa “Deus”)."[7]

Assim, Para a denominação religiosa Testemunhas de Jeová, conhecer e divulgar o nome pessoal de Deus é considerado muito importante.

O Significado do Nome

O significado exato do Tetragrama YHVH ainda é objeto de controvérsia entre os especialistas. Em Êxodo 3:14, YHVH disse a Moisés: “Ehiéh ashér ehiéh.” Segundo muitas traduções da Bíblia, esta expressão, encontrada no texto hebraico significa: “Eu sou o que sou.”Almeida Revista e Atualizada. E assim também compreenderam os tradutores da Versão dos Setenta: "Ego eimi ho ôn". Disse Deus a Moisés: "Eu sou Aquele que é". Disse mais: "Assim dirás aos filhos de Israel: 'EU SOU me enviou até vós.' " - Bíblia de Jerusalém.

Esta expressão “Eu sou o que sou” é usada como título para Deus, para indicar que ele realmente existia. Isso corresponde a "Eu sou aquele que é", "Eu sou o existente". YHVH estaria assim confirmando sua própria existência.

Outras traduções vertem: Serei o que eu for. A Tradução dos Vinte e Quatro Livros das Escrituras Sagradas, em inglês, do Rabino Isaac Leeser, verte como segue: “E Deus disse a Moisés: Serei o que eu for: e ele disse: Assim dirás aos filhos de Israel: SEREI enviou-me a vós. - [8]

A Bíblia Enfatizada, de Joseph B. Rotherham, em inglês, verte Êxodo 3:14 como segue: “E Deus disse a Moisés: Tornar-me-ei aquilo que me agradar. E ele disse: Assim dirás aos filhos de Israel: Tornar-me-ei enviou-me a vós.” A nota ao pé da página, sobre este versículo, diz em parte: “Hayah [palavra vertida acima ‘tornar-se’] não significa ‘ser’ essencial ou ontologicamente, mas fenomenalmente. . . . O que ele será não é expresso — Ele estará com eles, ajudador, fortalecedor, libertador.” De modo que esta referência não é à auto-existência de Deus, mas, antes, ao que ele pensa tornar-se para com os outros.- [9];

Ou: Mostrarei ser o que eu mostrar ser. - Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas.

Para estes estudiosos, isto significa que YHVH podia adaptar-se às circunstâncias, e que, o que quer que ele precisasse tornar-se ou mostrar ser em harmonia com seu propósito, ele podia tornar-se e se tornaria ou mostraria ser. Entendem que segundo a raiz do Tetragrama na língua hebraica, o Tetragrama pode significar “Ele Causa que Venha a Ser ou Mostrar Ser”, quer dizer, com respeito a Si mesmo e com respeito ao que Ele se tornará ou mostrará ser, e não com respeito a criar coisas. Para estes tradutores, Deus não estaria apenas confirmando sua própria existência, mas ensinando o que esse nome implica. YHVH ‘mostraria ser’, faria com que ele mesmo se tornasse o que quer que fosse preciso para cumprir as suas promessas.

Explicam que o verbo hebraico ha•yáh, do qual deriva a palavra Eh•yéh, não significa simplesmente “ser”. Antes, significa “vir a ser; tornar-se”, ou “mostrar ser”. Visto que não se faz aqui referência à auto-existência de Deus, mas ao que ele pretende tornar-se para com outros.

A nota ao pé da página sobre Êxodo 3:14 de O Pentateuco e as Haftorás, texto hebraico com tradução e explanação em inglês, editado pelo Dr. J. H. Hertz comenta: “A maioria dos modernos segue Rashi em verter ‘Serei o que eu for’; ou, nenhumas palavras podem resumir tudo o que Ele será para o Seu povo, mas a Sua fidelidade eterna e sua misericórdia imutável manifestar-se-ão cada vez mais na orientação de Israel. A resposta que Moisés recebe nestas palavras, portanto, é equivalente a: ‘Salvarei do modo em que eu salvar.’ É para assegurar aos israelitas o fato da libertação, mas não revela a maneira.”[10]

Entende-se que este nome sagrado, na realidade, é um verbo, a forma causativa, indefinida, do verbo hebraico hawáh. Assim, segundo estes estudiosos, o Tetragrama YHVH significa “Ele Causa que Venha a Ser”. Mostre Ser ou: Mostrará Ser, incorporando em si mesmo um propósito. Assinala o Portador deste nome exclusivo como Aquele Que Tem um Propósito.Assim, os eruditos não estão totalmente de acordo a respeito do significado do nome de Deus. Muitos traduzem a expressão encontrada no texto hebraico: Eu sou o que sou. Outros, depois de extensas pesquisas sobre o assunto acreditam que o nome é uma forma do verbo hebraico hawáh (tornar-se, vir a ser), significando “Ele Causa que Venha a Ser”.

Frequência nos escritos originais

"O nome não é simples rótulo, mas é representativo da verdadeira personalidade daquele a quem pertence. ... Quando uma pessoa coloca seu nome numa coisa ou em outra pessoa, esta passa a ficar sob sua influência e proteção."[11]

Uso Moderno

Algumas versões da Bíblia, transcrevem o Tetragrama como Yahweh, Yavéh ou Javé :

  • A Bíblia de Jerusalém - edição brasileira (1981, com revisão e atualização na edição de 2002) da edição francesa Bible de Jérusalem:
    • Transcreve o nome pessoal do Deus como Yahweh.
  • BÍBLIA Mensagem de Deus (Edições Loyola de 1983):
    • Transcreve o nome pessoal do Deus como Javé.

Outras versões da Bíblia, transcrevem o Tetragrama como Jeová:

Visto que a pronunciação original de יהוה é desconhecida, e visto que já por séculos o uso da tradução Jeová passou a ser amplamente divulgado e estabelecido entre muitos cristãos, tornando-se uma pronúncia familiar em muitos idiomas, vários grupos religiosos, mais notavelmente as Testemunhas de Jeová, continuam a usá-la, ainda que muitos outros grupos religiosos favoreçam a pronúncia Javé ou Yahvé, ou mesmo o titulo SENHOR.

Vaticano

Em uma carta datada de 29 de junho de 2008, o Vaticano emitiu uma nota oficial, orientando para que o nome Iavé deixe de ser utilizado no serviço litúrgico católico romano. A medida não afetaria significativamente a linguagem litúrgica, uma vez que o termo não consta das traduções oficiais dos missais romanos, mas implicaria na modificação de alguns hinários[13][14].

Outros usos de YHWH

Geneva Bible, 1560. (Salmo 83:18)

Sendo amplamente conhecido, durante seculos antes da era comum não havia dúvidas quanto a sua pronúncia, o que explica a ausência de um abjad - um sistema de escrita com símbolos das letras que representam as consoantes.

A tradição religiosa dos judeus, especialmente a sua tradição esotérica e mística, a cabala, considera o Nome de Deus tão sagrado quanto impronunciável. Não se sabe ao certo a origem de tal tradição, ou como ela se desenvolveu com o tempo. Crê-se que se tenha originado no alegado receio de desobedecer o 3º dos Dez Mandamentos dados a Moisés. "Não pronunciarás em falso o nome de Yahvé [YHWH] teu Deus, porque Yahvé [YHWH] não deixará impune aquele que pronunciar em falso o seu nome." (Êxodo 20:7, BJ - A proibição seria sobre o mau uso do Nome Divino, não sobre o seu uso.)

De qualquer maneira, os judeus em algum período pós-exílico, adotaram a palavra hebraica Adhonai (que significa "Soberano Senhor") ao pronunciarem o Tetragrama Sagrado. Assim, YHWH recebeu sinais vocálicos - colocados por copistas judeus chamados massoretas - de forma que fosse pronunciado Adonai. Sendo assim, ficou reservado apenas aos copistas e sacerdotes a correcta pronúncia de YHWH codificada num sistema de sinais vocálicos.

A pronúncia Jeová, além de aparecer em algumas versões bíblicas, também é usada pelos maçons, e rosacruzes. As correntes ligadas ao Cristianismo Esotérico, tais como a Gnose e a Rosacruz, identificam esse tetragrama como designação do Espírito Santo, e não do Deus-Pai.

Na Cabala judaica

Segundo a Cabala judaica, a Torá teria sido revelada a Moisés no alto do Monte Sinai, e ele teria registrado de forma escrita aquilo que só poderia ser entendido directamente de Deus, garantindo assim que permaneça impronunciável. Afirmam uma eventual relação do Tetragrama com o nome de Adão (Yode) e Eva (Chavah) no Génesis, já que Yode-cHaVaH é exactamente YHWH, o Tetragrama Sagrado, dando a entender uma relação mais profunda ainda entre o "Senhor Deus" e sua obra.

Com o decorrer do tempo, os judeus adoptaram outras expressões substitutas para se referir ao Tetragrama Sagrado: "O Nome", "O Bendito" ou "O Céu".

Na Cabala, as palavras correspondem a valores que são calculados usando-se uma atribuição de valores às letras do alfabeto hebraico. Isto chama-se gematria. É considerado um dos mais importantes mecanismos de interpretação do texto bíblico usados pelos cabalistas e místicos judeus. Usando gematria, os cabalistas calculam o valor numérico do Tetragrama Sagrado como sendo 26 (Yode = 10, Hê = 5, Vau = 6, Hê = 5; 10 + 5 + 6 + 5 = 26 ), cujo número menor é 8 (2+6). Para os rabinos, o número 26 também é sagrado pois identifica-se com o Tetragrama YHWH. Os ocultistas interpretam o Tetragrama YHWH e outros símbolos cabalisticos como signos mágicos poderosos capazes de abrir as portas da consciência humana.

“Jeová” ou “Javé”?

Nome IEHOVAH escrito numa parede de uma igreja norueguesa. (Fonte: o nome Divine em Noruega).Apesar da discussão sobre sua origem e significado, muitos afirmam que os sons vocálicos originais do Tetragrama YHWH jamais serão conhecidos, estando perdida a pronúncia original. Tal posição tem levado a debates apaixonados sobre o assunto, tanto por parte de eruditos como de religiosos, o que têm produzido interessantes conclusões.

Alguns argumentam que se o nome de Deus fosse Jeová, não se falaria aleluia (Hallelu Yah), e sim aleluieo ou Hallelu Yeho - ("Glória a Yehowah" Jeová). Mas Hallelu Yah - (Jah seja louvado").Esta controvérsia vem sendo travada por muitos anos. Atualmente, muitos eruditos parecem favorecer o nome “Javé” (ou “Iahweh”), de duas sílabas. Mesmo assim, o Hebraico ou Aramaico, não se usava vogais, era apenas composta por consoantes.Mas, considerando alguns exemplos de nomes próprios encontrados na Bíblia, que incluem uma forma abreviada do nome de Deus na tradução Jeová. George Wesley Buchanan, professor emérito no Seminário Teológico de Wesley, Washington DC, EUA, afirma que esses nomes próprios podem fornecer indicação de como se pronunciava o nome de Deus.

Jehovah em manuscritos de William Blake.

George Wesley Buchanan explica:

"Na antiguidade, os pais muitas vezes davam aos filhos o nome de suas deidades. Isto significa que pronunciavam os nomes dos filhos assim como se pronunciava o nome da deidade. O Tetragrama foi incluído em nomes de pessoas, e eles sempre usavam a vogal do meio."

Por exemplo, Jonatã aparece como (Yo•na•thán ou Yeho•na•thán) na Bíblia hebraica, significa “YHWH deu”. O nome do profeta Elias é ’E•li•yáh ou ’E•li•yá•hu. Segundo o Professor Buchanan, Elias significa: “Meu Deus é [YHWH].” Da mesma forma, o nome hebraico para Jeosafá (Yeho•sha•phát), significa “YHWH julgou”.

A pronúncia do Tetragrama com duas sílabas, como “Javé” (ou “Yahweh”), não permitiria a existência do som da vogal o como parte do nome de Deus. Mas, nas dezenas de nomes bíblicos que incorporam o nome divino, o som desta vogal do meio aparece tanto nas formas originais como nas abreviadas, como em Jeonatã e em Jonatã.

O Professor Buchanan[15] diz a respeito do Nome Divino:

"Em nenhum caso se omite a vogal oo ou oh. A palavra era às vezes abreviada como ‘Ya’, mas nunca como ‘Ya-weh’. . . . Quando o Tetragrama era pronunciado com uma só sílaba, era ‘Yah’ ou ‘Yo’. Quando era pronunciado com três sílabas, era ‘Yahowah’ ou ‘Yahoowah’. Se fosse alguma vez abreviado a duas sílabas, teria sido como ‘Yaho’." - Biblical Archaeology Review.

JEHOVA em trechos de Raymond Martin em Pugio Fidei adversus Mauros et Judaeos de 1270 (pag. 559).

Segue-se outra declaração feita pelo hebraísta Wilhelm Gesenius, no Dicionário Hebraico e Caldaico das Escrituras do Velho Testamento (em alemão):

"Os que acham que יהוה [Ye-ho-wah] era a pronúncia real [do nome de Deus] não estão totalmente sem base para defender sua opinião. Assim se podem explicar mais satisfatoriamente as sílabas abreviadas והי [Ye-ho] e יו [Yo], com que começam muitos nomes próprios."

Na introdução da tradução de (Os Cinco Livros de Moisés), Everett Fox afirma:

"Tanto as tentativas antigas como as novas, para recuperar a pronúncia ‘correta’ do nome hebraico [de Deus], não foram bem-sucedidas; não se pode provar conclusivamente o ‘Jeová’ que se ouve às vezes, nem o padrão erudito ‘Javé’ ‘Iahweh’."[16]

O nome IEHOVAH exibido numa Igreja Católica de Olten, Suíça, 1521.

Os estudos eruditos continuarão. Os judeus deixaram de pronunciar o nome de Deus antes dos massoretas desenvolverem o sistema de pontos vocálicos. Não há como se provar quais vogais acompanhavam as consoantes YHWH (יהוה).

Ainda assim, os nomes próprios de personagens bíblicos fornecem indício da antiga pronúncia do nome de Deus. Assim, alguns eruditos concordam que a pronúncia “Jeová”, seja correcta.

A pronúncia original de יהוה é desconhecida, mas por séculos o uso da tradução Jeová[17], passou a ser amplamente divulgado e estabelecido entre muitos cristãos, tornando-se uma pronúncia familiar e popular em muitos idiomas, assim vários grupos religiosos, mais notavelmente as Testemunhas de Jeová, continuam a usá-la, ainda que muitos outros grupos religiosos favoreçam a pronúncia Javé ou Yahvéh, ou mesmo o titulo SENHOR. Segundo elas, os diversos nomes próprios existentes são muitas vezes pronunciados de maneiras diferentes à língua original, e assim como o nome "Jesus", transliterado do original Ye·shú·a‘ ou [vindo de Josué] Yeho·shú·a‘, não se deveria abandonar o uso do nome "Jeová" simplesmente por não se saber a pronúncia exata deste[18].

Transcrição em diferentes idiomas

Língua

Nome

Língua

Nome

Africâner

Jehóva

Romeno

Iehova

Árabe

Igova/Jahova [1]يهوه

Māori

Ihowa

Awabakal

Yehóa

Motu

Iehova

Bósnio

Jehova

Macedônio

Јахве

Bugotu

Jihova

Narrinyeri

Jehovah

Búlgaro

Йехова

Nembe

Jihova

Croata

Jehova / Jahve

Petats

Jihouva

Dinamarquês

Jahve (/ Jehova)

Polonês

Jehowa / Jahwe

Neerlandês

Jehova / Jahwe(h)

Português

Iavé (Javé) Yahweh / Jeová

Efik

Jehovah

Ewe (Ʋegbe)

Yehowah

Inglês

Jehovah / Yahweh

Russo

Иегова / Яхве

Fiji

Jiova

Samoa

Ieova

Finlandês

Jahve / Jehova

Sérvio

Јехова / Jehova

Francês

Yahvé / Jéhovah

SeSotho

Jehova

Futuna

Ihovah

Espanhol

Yavé Yahveh /Jehová

Alemão

Jehova / Jahwe

KiSwahili

Yehova

Grego

Iehova / Yiahve Ιεχωβά / Γιαχβέ

Sueco

Jehova / Jahve

Húngaro

Jahve / Jehova

Tagalo

Jehova/Yahweh

Igbo

Jehova

Taitiano

Jehovah

Indonésio

Yehuwa

Tongan

Jihova

Italiano

Geova / Jahve

Turco

Yehova

Japonês

EHOBA/YAHAWE
エホバ / ヤハウェ

XiVenda

Yehova

Coreano

Yeohowa 여호와
Yahwe 야훼

Xhosa

u Yehova

Mandarim chinês tradicional

Yéhéhuá / Yǎwēi / Yǎwēi
耶和華/雅威/雅巍

Yoruba

Jehofah

Mandarim chinês simples

Yéhéhuá / Yǎwēi / Yǎwēi
耶和华/雅威/雅巍

Zulu

u Jehova