sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Um alerta aos Cristãos!!

AMADOS IRMÃOS:


Nos dias atuais, nesse já fim dos dias,devemos tomar um cuidado especial com os pensamentos do Esoterismo e da Nova Era.Duas linhas interligadas que trabalham fortemente nesses últimos tempos,preparando a mente humana em todo Globo Terrestre para um único Governo,ou Nova Ordem Mundial,que será liderada pelo Anticristo...


Para quem ainda não acredita,perguntaria:- Será que isso é estória pra boi dormi?Já cantava o Caetano:“ Alguma coisa está fora da Ordem,da Nova Ordem Mundial...”,e essa canção já tem uns 10 anos...Era uma dica...“espírito do anticristo,a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir;e agora já está no mundo” (I João 4:3b).Quem não se enquadra nos valores atuais de nossa sociedade,está beirando o ridículo,o preconceito, o crime....Os verdadeiros cristãos estão sendo cada vez mais excluídos....É normal e previsível,diante das afirmações já preditas na Palavra:“Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina;ao contrário,sentindo coceira nos ouvidos,juntarão mestres para si mesmos,segundo os seus próprios desejos.Eles se recusarão a dar ouvidos à Verdade,voltando-se para os mitos”(II Timóteo 4:3-4).


Guardemos em nosso coração,o Cristianismo primitivo,aquele cristianismo esquecido por muitos,aquele simples de Jesus,em que a prioridade é adorá-lo,amá-lo em espírito e em verdade,em que o plano de salvação,não se reduz às riquezas do mundo,mas sim,às riquezas espirituais,tesouro esse que só se guarda dentro do coração!!!


As igrejas evangélicas cresceram. Sim, é uma verdade...Mas quem são dentre os freqüentadores delas,os verdadeiros discípulos de Cristo?Quem são os fiéis do Senhor que poderão ser provados no fogo da aflição?Que não se dobrarão aos padrões morais de uma sociedade perversa e imoral?Que o seguirão mesmo que seus celeiros,não estejam cheios em dias de provação?Que em meio à solidão, à injustiça,ainda poderão sorrir olhando para Cristo?


Tomemos as armaduras do Pai,amemos não só de palavra,pois o verdadeiro Cristianismo,não está no convívio social de uma igreja,Ele é a essência do puro amor de Deus,em nossa alma,sendo devolvido para Ele em forma da adoração!!Graça e Paz de Yeshua!

A Nova Ordem Mundial se organiza!

Leia a Declaração da Comunidade Internacional Bahá'í por ocasião do qüinquagésimo aniversário da Organização das Nações Unidas:
http://www.bahai.org.br/virtual/turning.htm

Leia a Promessa de paz mundial do Bahaismo aos povos do mundo:
http://www.bahai.org.br/virtual/Artppm.htm

» Enviado por Lila


Marta/Martâ/Martha

O Coração de Marta no Mundo de Maria

Por Esdras Costa Bentho , Uma homenagem a Missionária Eva Maria

Ao lermos embevecido as magistrais páginas do Novo Testamento, encontramos personagens que inspiram-nos a viver a vida cristã em sua dimensão mais profunda. Dentre esses se destacam intrépidas mulheres, que apesar de viverem na sociedade patriarcal hebraica, demonstraram ousadia em professar a sua fé. Os nomes das que se assentam na galeria neotestamentária somam-se às dezenas, os das anônimas, às centenas. Nem mesmo a história de um povo e de uma época machista, pode apagar as pegadas históricas da mulher que teme e ama a Deus (Mt 26.13).

Marta, a Anfitriã de Betânia (Lc. 10 - 38 e 42).

Os limítrofes de nossa inquirição exalam o perfume adocicado de uma rara flor denominada ‘Marta’. Seu nome, procedente da língua aramaica (Martâ’), persiste através do idioma grego ou koinê (Martha). O declínio das duas línguas que perpetuam o nome da irmã de Lázaro não foi capaz de eclipsar o intenso brilho de seu testemunho e serviço ao Messias. De significado vigoroso, Marta ou senhora, era a irmã mais velha entre os seus irmãos (Lc 10.38). Seu nome, longe de ser um apelativo, a situava dentro do papel social da família judaica daqueles dias. Era a ‘senhora’ responsável por todo o formalismo cerimonial da recepção judaica ao se receber em casa um conviva. Esse fato tem sido incompreendido por aqueles que vêem na amorosa admoestação de Jesus em Lucas 10.41,42, uma repreensão acre ao caráter pragmático de Marta.

Receber um rabino em casa era uma tarefa hercúlea que exigia esforço e completa dedicação. Não se pode roubar o perfume de uma flor, muito menos extinguir os méritos sacrificiais de uma mulher que ama ao Senhor através de seus serviços. Marta, semelhante a sua irmã, Maria, assentava-se aos ‘pés de Jesus’ e ‘ouvia a sua palavra’, mas sua responsabilidade como anfitriã a distraia (Lc 10. 39,40). Estava bifurcada em dois sentimentos opostos: o de adorar através de seu serviço, ou similar a Maria, por meio de seu amor atencioso. Marta, a senhora, estava só e sobrecarregada de afazeres impostos pela etiqueta social, não era vilã, mas cordial e principesca (Lc 10.40). O serviço de Marta garantia a tranqüilidade da adoração de Maria, assim como as ocupações litúrgicas de várias mulheres cristãs anônimas permitem a adoração daqueles que adentram a nave dos templos evangélicos. As filhas de Marta são como as colunas dos grandes edifícios modernos, não aparecem, mas sustentam toda a estrutura. Assim como Jesus amava a Marta, ama as mulheres cristãs que se consagram ao seu serviço: “Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro” e a você, filha de Marta (Jo 11.5).

A Confissão de Marta (Jo 11. 19–30).

O hálito gélido do vento leva o perfume das pétalas da flor, assim como Marta foi levada a Jesus pelo falecimento de seu irmão Lázaro (Jo 11.19,20). Os ventos outonais da vida, assim como o aluvião das chuvas de verão, não apenas trazem consigo a dor, mas também disseminam as sementes da esperança. O mesmo vento que arrasa e a mesma inundação que arrasta, são os mesmos que levam a vida a solos estéreis.

O caráter, idoneidade e fé da “senhora de Betânia” são provados diante da ruptura da vida e do laço com a morte. Um rio em condições normais deposita sedimentos não visíveis aos olhos desatentos, mas agitando-se a água todo o resíduo emerge de suas profundezas.

Dificilmente se reconhece a fé e firmeza de uma mulher cristã, quando esta apenas recebe bênçãos, mas vindo a adversidade todo o substrato do seu interior se manifesta, que pode ser tanto límpido quanto turvo.

A Maria coube-lhe o mérito do amor sacrifical demonstrado pelo seu gesto profético em João 12.3, mas a Marta o de na tempestade articular a segunda declaração de fé cristológica, semelhante a do apóstolo Pedro em Mateus 16.16: “Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao Mundo”.

Um sentimento acre-doce, pesar e esperança, apropriou-se de Marta. Estático, não muito distante de sua casa, o cheiro de morte, forçava a rocha sobre o túmulo. Em movimento crescente exalava o perfume da vida em direção a Marta (Jo 11.20). Maria, sua irmã, permanecia ouvindo as lamúrias das carpideiras, enquanto Marta vai ao encontro de Jesus. Duas coisas a “senhora de Betânia” sabia: que tudo quanto Jesus pedisse ao Pai, Ele o faria, e que haverá ressurreição no último dia (Jo 11.22,24). Marta na adversidade, não se recolheu, mas creu. No sofrimento não ficou estática - essa é a posição de quem está morto -, porém superou as intempéries, e foi em direção à vida que não estava distante dela, assim como não estava de Maria (Jo 11.20,28). O sofrimento revelou que no íntimo de Marta, havia muito mais do que aquilo pelo qual ainda hoje ela é medida – serviço. Este, ao contrário, não era impulsivo, mas movido por plena fé e urgência sacrifical.

O Verdadeiro Culto Cristão (JO 12. 1-11)

Os elementos necessários a um verdadeiro culto evangélico podem ser percebidos na passagem joanina em epígrafe. O local é a aldeia de Betânia, conhecida como “casa de tâmara”, que representa em João, a comunidade dos restituídos. A primeira restituição é a de Simão, o anfitrião da ceia. Este, anônimo no Evangelho de João, é conhecido pela comunidade dos discípulos por “Simão, o leproso”. Uma leitura despretensiosa de Levítico 13 demonstra como o leproso está desqualificado a viver em comunidade: afastado de sua família e da comunhão religiosa. Entretanto, este homem é restituído não somente à saúde física, mas também à comunidade, através de seu encontro com Jesus. Ele nos ensina o primeiro elemento necessário ao culto cristão: a gratidão. Verdadeiros adoradores agradecem ao Senhor em todo o tempo (Sl 103).

O segundo personagem é Lázaro, o ressuscitado. Este foi reintegrado à vida. O cheiro de morte é dissipado pela fragrância da vida. Está reclinado à mesa com Jesus, ensinado-nos que numa verdadeira adoração, os adoradores têm expectativa. Lázaro está atento às palavras de Jesus. Na oração dominical somos ensinados a orarmos com expectativa: “Venha a nós o teu reino” (Mt 6.10).

Marta, a “senhora de Betânia”, serve. A verdadeira adoração não se limita ao amor de Maria, a gratidão de Simão, ou a expectativa de Lázaro, mas transcende através do serviço: “Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás” (Mt 4.10). É por esta razão que Paulo afirma que aquele que recebeu o dom de serviço deve servir (Rm 12.7).

Marta/Martâ/Martha serviu ao Senhor, assim como você o serve, quando prepara na cozinha o alimento para aqueles que adoram, ou quando cuida da higiene do templo para receber a igreja de Cristo.

É uma honra para a mulher cristã ser Marta/Martâ/Martha.

Origem Judaica

A Desconhecida Origem Judaica de Muitos de Nós, Brasileiros

Todos aprendemos na escola, logo cedo nas aulas de história, que o povo brasileiro é composto basicamente da mistura de três raças: branco, negro e índio.
Contudo, os historiadores passaram por cima de um detalhe importantíssimo: como era composto o grupo dos brancos (portugueses).


Graças a esta omissão, apenas agora muitos brasileiros descobrem que podem ser descendentes dos judeus massacrados pela Inquisição promovida por Isabel de Castela, rainha católica da Espanha, com todo o apoio, conhecimento e ajuda, da Igreja Católica. Isabel, através de contrato de casamento, estendeu a Inquisição à Portugal, obrigando o Rei a livrar-se dos judeus.

Os judeus sefarditas (judeus de Portugal e Espanha, também chamados de sefardim, sefaradim, sefaraditas) foram forçados a se converter ao cristianismo, sendo então denominados "cristãos novos" e deixando para trás toda a cultura e tradição judaicas. Modificaram seus sobrenomes (Aboab, Cohen, Abravanel, Aruch, entre tantos outros), adotando nomes muito comuns entre nós brasileiros até hoje: Pereira, Araújo, Almeida, Bezerra, Caldeira, Dias, Cardoso, Melo, Lopes, Oliveira, Saldanha...

Para descobrir as esquecidas origens judaicas, é necessário inteirar-se da história; do que aconteceu durante a Inquisição, de tudo o que os judeus sofreram e foram obrigados a deixar para trás. Só assim entenderemos como muitos de nós, criados em famílias católicas, somos em verdade, judeus sefarditas.

Os judeus sefarditas tiveram sua ascendência na Espanha e de lá foram para Portugal, Brasil, Turquia, Marrocos e norte da África. A população da comunidade judaica chegou a representar mais de 20% da população ibérica. Os judeus cresceram e prosperaram durante séculos. Dominavam a ciência, a medicina, a astronomia, a matemática, o comércio e deram origem aos primeiros bancos para empréstimos de dinheiro, inclusive para o próprio Estado.

A Inquisição na Espanha iniciou-se em 1478 e foi até 1834. Em Portugal ela se estende de 1536 a 1821 e a Inquisição Romana (reorganizada) em 1542 e abolida em 1746 e em 1800 no quadro de diversos Estados Italianos. No Brasil, compreendeu o período de 1591, quando nosso país recebeu pela primeira vez a visita do Inquisidor oficial da Corte Portuguesa, até 1821. Mas, se considerarmos que desde o descobrimento os judeus aqui chegaram já em número significativo nas expedições do cristão novo Fernando de Noronha em 1503, podemos afirmar que o período inquisitorial no Brasil durou mais de 300 anos.

A expulsão dos judeus da Espanha:

Nos séculos treze e quatorze, até ao século quinze, a igreja católica crescia e com isto a pressão sobre a conversão dos judeus também. Em outras palavras, para um judeu, ser batizado e aceitar o catolicismo era sinônimo de garantir um futuro aparentemente seguro, mesclando-se com os mouros, visigodos, fenícios, romanos e celtas que também habitavam a Península Espano-Portuguesa. Assim, um filho de cristãos-novos já nascia alheio às tradições e costumes judaicos.
A história nos mostra que netos e bisnetos dos judeus conversos acabaram se tornando frades e padres, pois abraçavam a religião com grande obstinação, fato este peculiar à raça hebréia. O famoso padre Antônio Vieira (Sermão da Sexagésima) que fez parte da história do Brasil é um exemplo desta assimilação.
Os judeus sefarditas começaram sofrer um processo assimilativo, tornando-se cidadãos comuns, assassinando suas raízes judaicas, abandonando a celebração do Shabat e passando a freqüentar as missas de Domingo. Mas, isto não acontecia com todos aqueles que se tornavam cristãos-novos. Uma boa parte assumia o cristianismo externamente e acabavam se tornando o chamado "católico relapso", passando apenas pelo batismo e daí para frente não assumia nenhum compromisso. Grande parte destes judeus vieram mais tarde para colonizar o Brasil. Até hoje em nossa sociedade este tipo de católico é muito comum.
E, finalmente, uma outra parte não significativa praticava o criptojudaísmo, não assumindo interiormente a fé católica.
A terminologia pejorativa de "marranos", que quer dizer porco / sujo em Espanhol, era atribuído aos criptojudeus.

Um fato historicamente marcante aconteceu quando surgiu Torquemada, grande perseguidor dos judeus e confessor da rainha Isabel da Espanha. Isabel casou-se, então, com o rei Ferdinando Aragão em 1469, de Portugal. O trio da crueldade estava formado e dez anos mais tarde os reinos estariam unidos, tendo uma causa comum: a Inquisição.

Neste período havia vários decretos proibindo o judeu converso a ocupar cargos públicos, bem como de usar ou valer-se de qualquer outro privilégio do Estado. A partir de 1480 o trio Torquemada, Ferdinando e Isabel pôs em prática certas táticas de inquisição contra os judeus e conversos, instituindo os chamados "Autos de Fé" levando esses a uma degradação desumana, mostrando seu lado covarde e perverso.

Surgia nesta época artefatos engenhosos para os mais variados tipos de tortura. Os pobres não tinham outra alternativa a não ser ir para a tortura, declarar-se judeu e optar pela fé católica, escapando da morte. Para os mais ricos a pena poderia ser computada sob a égide de uma fiança exorbitante.

Várias proibições surgiram na época, como por exemplo, os profissionais não poderiam exercer suas funções de médico, advogado, tão pouco usar jóias de ouro, prata, nem seda ou até mesmo deixar a barba crescer. Não podiam receber dinheiro nem mercadorias de qualquer espécie.
Realmente, os judeus viveram maus momentos no período que foi de 1480 até 1492. Neste doze anos a miséria da comunidade judaica espanhola foi extrema.

Já havia uma imigração deste povo para Portugal, onde a situação para estes judeus era mais amena.

Finalmente, o Decreto de Expulsão dos judeus da Espanha ocorreu em 31 de março de 1492 promulgado pelos reis católicos.


Conforme dados históricos, os judeus imigraram para os seguintes países e em tais números:


- Para Turquia :90.000 judeus
- Para Holanda : 25.000

- Para Marrocos : 20.000

- Para França : 10.000

- Para Itália : 10.000

- Para América do Norte : 5.000

- Para Portugal : 120.000

Total : 280.000

- Morreram procurando um lar : 20.000 judeus sefaradis

- Batizaram-se e permaneceram na Espanha: 50.000 judeus

A imigração para Portugal:

Em Portugal os hebreus eram favorecidos da corte e protegidos da fidalguia, a qual lhes tiravam boa parte dos rendimentos. Além de ser um país vizinho e mais perto, havia similaridade da língua e costumes. Portugal recebeu assim, o maior número de judeus.

No entanto, Isabel de Castela conseguiu através de contrato de casamento perpetrar sua inquisição em Portugal, também.

As humilhações, perseguições e torturas às quais os marranos, judeus, cristãos novos, foram submetidos são incontáveis e absurdas. Em certo momento, em Portugal, foi ordenado que todas as crianças de dois a dez anos fossem tiradas de seus pais, e transportadas à ilha de São Tomé, que havia sido há pouco descoberta e cujos únicos moradores eram lagartos, serpentes e outros muitos bichos selvagens, conforme relata Samuel Usque em seu livro, cap. 27. Estas crianças eram deixadas a própria sorte em São Tomé e obviamente, morriam sozinhas e apavoradas.

Várias atrocidades foram cometidas contra esses judeus, que tinham seus bens confiscados, saqueados, sendo suas mulheres prostituídas e atiradas às chamas das fogueiras em praças públicas e suas crianças eram deportadas órfãs para as ilhas da colônia portuguesa. Suas casas eram invadidas e seus filhos pequenos atirados com força contra as paredes, tendo seu crânio esmagado.

Muitos judeus frente ao desespero da conversão forçada, matavam aos filhos e depois a si mesmos.

Crianças judias eram roubadas de suas famílias e dadas para famílias católicas, sendo por elas criadas e esquecendo-se para sempre de suas raízes judaicas.
É importante salientar que apesar de forçados à conversão, não necessariamente a perseguição terminava aí. Os cristãos novos não eram aceitos pelo restante da população cristã, sendo sempre vistos como "judeus"
A situação estava insuportável no ano de 1499. Um milagre precisava urgentemente acontecer. Os portugueses foram mais perspicazes do que os espanhóis, pois ao invés de expulsar os judeus, proibiram-nos de deixar o país, a fim de não desmantelar a situação financeira e comercial daquela época, pois os judeus eram prósperos, desenvolvidos na medicina e principalmente, na astrologia e navegação.

Os judeus sefarditas, então, eram obrigados a viver numa situação penosa, pois, por um lado, eram obrigados a confessar a fé cristã e por outro, seus bens eram espoliados, viviam humilhados e confinados naquele país. Voltar para Espanha, de onde haviam sido expulsos em 1492, era impossível, bem como seguir em frente, tendo à vista o imenso oceano Atlântico. O Brasil foi a melhor solução que se apresentou. E assim, tanto criptojudeus quanto cristãos novos aqui chegaram na intenção de conseguir viver, trabalhar e criar seus filhos, longe dos horrores da inquisição.

Os sobrenomes:

Uma das marcantes características das conversões forçadas era que o converso deveria abandonar seu sobrenome judeu e escolher qualquer outro. Alguns escolhiam nomes de animais, plantas, objetos. Outros escolhiam sobrenomes que já existiam em Portugal e Espanha e eram usados pelos "cristãos velhos"

Como pode ser observado na listagem abaixo, estes sobrenomes escolhidos são usados por nós até hoje. Possuir um destes sobrenomes não garante que a pessoa seja um descendente de judeu sefardita. Porém, é um indício importante e que não deve ser descartado.
Outro forte indício é a família dizer-se católica, mas possuir alguns costumes judaicos em seu dia a dia. Listarei alguns destes costumes mais adiante.
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Alguns sobrenomes foram criados ou utilizados pela primeira vez pelo próprio converso, tendo dado este então origem a uma família específica; como o caso do judeu converso espanhol Nuno Lopez, que trocou de sobrenome (já depois de convertido) para Saldaña. Tendo imigrado para Portugal, adotou a escrita Saldanha, que nunca tinha sido utilizado como sobrenome antes..
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Segue abaixo uma interessante lista de sobrenomes muito utilizados pelos conversos:
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Abreu, Abrunhosa, Affonseca, Affonso,Aguiar,Ayres,Alam,Alhertú, Albuquerque, AlÍaro, Almeida, Alonso, Alvade, Alvarado, Alvarenga, Alvares, Aivarez, Anelos, Alveres, Alves, Aivim, Alvorada, Alvres, Amado, Amaral, Andrada, Andrade, Anta, Antônio, Antunes, Arailjo, Araújo, Arrahaça,Arroyo, Arroja, Aspalhão, Assumpção, Athayde, Avila, Avis,.
Azeda, Azeitado, Azeredo, Azevedo..
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Bacelar, Balão, Baihoa, Balíeyro, Balteiro, Bandes, Baptista, Barata, Barbalha, Barhosa, Barhoza, Bareda, Barrajas, Barreira, Barreta, Barreto, Barros, Bastos, Bautista, Batista, Beirão, Belinque, Belmonte, Bello, Bentes, Bernal, Bernardes, Bezerra, Bicudo, Bispo, Bivar, Bocarro, Boned, Bonsucesso, Borges, Borralho, Botelho, Bragança, Brandão, Bravo, Brites, Brito, Brum, Bueno, Bulhão..
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Cahaço, Cahral, Cahreíra, Cáceres, Caetano, Calassa, Caldas, Caldeira, Caldeyrão, Callado, Camacho, Câmara, Camejo, Caminha, Campo, Campos, Candeas, Capote, Cárceres, Cardoso, Cardozo, Carlos, Carneiro, Carrança, Carnide, Carreira, Carrilho, Carrollo, Carvalho, Casado, Casqueiro, Cásseres, Castanheda, Castanho, Castelo, Castelo Branco, Castelhano, Castilho, Castro, Cazado, Cazales, Ceya, Cespedes, Chacla, Chacon, Chaves, Chito, Cid, Cobilhos, Coché, Coelho, Collaço, Contreíras, Cordeiro, Corgenaga, Coronel, Corrêa, Cortei., Comjo, Costa, Coutinho, Couto, Covilhã, Crasto, Cruz, Cunha..
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Damas, Daniel, Datto, Delgado, Devei, Diamante, Dias, Diniz, Dionísio, Dique, Déria, Dona, Dourado, Drago, Duarte, Duraes..
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Eliate, Escobar, Espadilha, Espinhoza, Espinoza, Esteves, Évora. Faísca, Falcão, Faria, Farinha, Faro, Farto, Fatexa, Febos, Feijão, Feijó, Fernandes, Ferrão, Ferraz, Ferreira, Ferro, Fialho, Fidalgo, Figueira, Figueiredo, Figueiró, Figueiroa, Flores, Fogaça, Fonseca, Fontes, Forro, Fraga, Fragozo, França, Frances, Francisco, Franco, Freire, Freitas, Froes, Frois, Furtado. .
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Gabriel, Gago, Galante, Galego, Galeno, Gallo, Galvão, Gama, Gamboa, Gançoso, Ganso, Garcia, Gasto, Gavilão, Gil, Godirtho, Godins,Goes, Gomes, Gonçalves, Gouvea, Gracia, Gradis, Gramacho, Guadalupe, Guedes, Gueybara, Gueyros, Guerra, Guerreiro, Gusniao, Guterres..
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Henriques, Homem. .
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Idanha, Lscol, Isidro. .
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Jordâo, Jorge, Jnbim, Julião. .
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Lafaia, Lago, Laguna, Lmy, Lara, Lassa, Leal, Leão, Ledcsma, Leitão, Leite, Lemos, Lima, Liz, Lobo, Lodesma, Lopes, Loução, Loureiro, Lourenço, Louzada , Louzano, Lucena, Luíz, Lima, Luzarte..
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Macedo, Machado, Machuca, Madeira, Madureira, Magalhães, Maia, Maioral, Maj, Maldonado, Malheiro, Manem, Manganês, Manhanas, Manoel, Manzona, Marçal, Marques, Martins, Mascarenhas, Mattos, Matoso, Medalha, Meddros, Medina, Melão, Mello, Mendanha, Mendes, Mendonça, Menezes, Mesquita, Mezas, Miffio, Miles, Miranda, Moeda, Mogadouro, Mogo, Molina, Mot,forte, Monguinho, Moniz, Monsanto, Montearroyo, Monteiro, Montes, Montezinhos, Moraes, Morales, Morão, Morato, Moreas, Moreira, Moreno, Motta, Moura, Mouzinho, Munhoz..
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Nabo, Nagera, Navarro, Negrão, Neves, Nicolao, Nobre, Nogueira, Noronha, Novaes, Mines..
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Oliva, Olivares, Oliveira, Oróbio..
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Pacham, Pachão, Paixão, Pacheco, Paes, Paiva, Palancho, Palhano. Pantoja, Pardo, Paredes, Parra, Páscoa, Passos, Paz, Pedrozo, Pegado,Peinado, Penalvo, Penha, Penso, Penteado, Peralta, Perdigão, Pereira,Peres, Pessoa, Pestana, Picanço, Pilar, Pimentel, Pina, Pineda, Pinhâo,Pinheiro, Pinto, Pires, Pisco, Pissarro, Piteyra, Pizarro, Ponheiro, Ponte, Porto, Pouzado, Prado, Preto, Proença..
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Quadros, Quaresma, Queiroz, Quental..
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Rabelo, Rabocha, Raphael, Ramalho, Ramires, Ramos, Rangel, Raposo, Rasquete, Rehello, Rego, Reis, Rezende, Ribeiro, Rios, Robles, Rocha, Rodrigues, Roldão, Romão, Romeiro, Rosário, Rosa, Rosas, Rosado, Ruivo, Ruiz..
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Sá, Saldanha, Salvador,Samora, Sampaio, Samuda, Sanches, Sandoval, Santarém, Santiago, Santos, Saraiva, Sarilho, Saro, Sarzedas, Seixas, Sena, Semedo, Sequeira, Seralvo, Serpa , Serqueira, Serra, Serrano, Serrão, Sorveira, Silva, Silveira, Simão, Simões, Siqueira, Soares, Sodenha, Sodré, Soeyro, Sola, Solis, Sondo, Soutto-Mayor, Souza. .
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Tagarro, Tareu, Tavares, Taveira, Teixeira, Telles, Thomás, Toloza, Torres, Torrones, Tola, Tourinho, Tovar, Trigillos, Trigueiros, Trindade..
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Uchfla..
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Valladolid, Valle, Valença, Valente, Vareja, Vargas, Vasconcellos, Vasques, Vaz Veiga, Velasco, Vellez, Velho, Veloso, Vergueiro, Vianna, Vicente,Viegas,Vieira,Vigo, Vilhalva,Vilhegas, Villena, Villa, Villalão, Villa-Lobos, Villanova, Villar, Villa-Real, Villella, Vizeu. .
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Xavier, Ximenes..
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Zuriaga..
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Costumes de cristãos novos nas tradições familiares brasileiras:.
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Segue-se uma lista de aspectos culturais e perguntas que podem revelar a origem judaica de uma família, dividida em tópicos: Família, Ritos Natalícios, Ritos Matrimoniais, Refeições, Objetos, Costumes e Ritos Fúnebres; a lista apresenta práticas possivelmente já esquecidas pelas tradições familiares no decorrer dos tempos.
Família.
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Alguém, pai, avô, ou outro parente, já falou algo sobre a família ser de judeus? .
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Na cidade em que a família morava, há algum judeu ou comunidade judaica antiga?Alguém da família fala/falava alguma língua desconhecida? Parecia com o espanhol? Era totalmente desconhecida? Ladino?.
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Algum parente evita ou evitava igrejas católicas?As Igrejas, mesmo católicas, que os familiares freqüentavam não tinham imagens?.
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Alguém da família participava de reuniões secretas, ou de encontros onde só homens ou só os pais podiam ir? Ou de algum grupo de oração secreto?.
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Os nomes bíblicos são/eram comuns entre os familiares? .
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Ritos Natalícios:.
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Colocar a cabeça de um galo em cima da porta do quarto onde o nascimento iria acontecer. .
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Depois do nascimento, a mãe não deveria descobrir-se ou mudar de roupas durante 30 dias. Ela deveria permanecer em repouso em sua cama, e afastada do contato com outras pessoas, pois segundo a Lei, a mulher fica impura durante 30 dias após um parto. Parecida com esta prática é a de afastar-se no período menstrual, em que também é considerada impura. .
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Ainda durante esses trinta dias, a mulher só comia frango, de manhã, de tarde e de noite. Dava “sustância”, força para a recuperação..
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Lançar uma moeda prateada na primeira água de banho do bebê. .
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Dizer uma oração oito dias depois de nascimento na qual o nome do bebê é citado. .
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Realizar a circuncisão ou mesmo batizar o menino ao oitavo dia de nascido. .
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Acender alguma vela ou lamparina no quarto onde o parto ia acontecer, porque o menino não podia ficar no escuro até ser batizado (ou circuncidado). .
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Ritos Matrimoniais:.
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Os noivos e seus padrinhos e madrinhas deveriam jejuar no dia do casamento..
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Na cerimônia, as mãos dos noivos eram envoltas por um pano branco, enquanto fazia-se uma oração. Da cerimônia seguia-se uma refeição leve: vinho, ervas, mel, sal e pão sem fermento. Noivo e noiva comiam e tomavam do mesmo prato e copo. .
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Refeições:.
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A prática de jejuns era comum. .
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Era proibido comer carne com sangue. Às vezes também se retiravam os nervos, com uma faca especial para tal.Ovos com mancha de sangue eram jogados fora..
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Não se comia carne de porco, pois é considerada impura..
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Não era permitido cozinhar carne e leite juntos. Ás vezes esperava-se um certo tempo entre a ingestão do leite e da carne..
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Comia-se apenas comida preparada pela mãe ou pela avó materna..
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Um menino deveria jejuar durante 24 horas antes de completar sete anos..
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Costumava-se beijar qualquer pedaço de pão que cai no chão..
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Era proibido comer carne de animal de sangue quente que não tivesse sido sangrado..
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Havia certas restrições quanto aos tipos de peixe comestíveis: os peixes "de couro"; (sem escamas) não serviam para consumo, e às vezes só os peixes do mar podiam ser ingeridos. Moluscos e mariscos também eram proibidos..
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Há ainda hoje um hábito muito difundido, especialmente no interior, de derramar um pouco da bebida e da comida "para o santo", com raízes na páscoa judaica..
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Em algumas casas de famílias cristãs-novas, na mesa de jantar, havia gavetas, que serviam para esconder a comida kasher, a comida recomendada pela Torah, caso chegasse alguma visita inesperada. .
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Costumes:.
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Acender velas nas sextas-feiras à noite. .
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Celebrar a Páscoa, e jejuar durante a Semana Santa. As datas da Páscoa Cristã e da Páscoa judaica freqüentemente coincidem..
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Limpar a casa nas sextas-feiras durante o dia. Era proibido fazer qualquer coisa na sexta-feira à noite (até mesmo lavagem de cabelo). .
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Realizar alguma reunião familiar nas sextas-feiras à noite.Aos sábados, velas eram acesas diante do oratório e deveriam queimar até o fim do dia. .
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Havia roupas especiais para o sábado. Às vezes eram simplesmente roupas novas ou roupas limpas. .
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Dizeres comuns: "O Sábado é o dia da glória", ou "Deus te crie" (Hayim Tovim), para quando alguém espirrava. .
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Comemorações diferentes das católicas, como o "Dia Puro" (Yom Kippur) ou algum feriado de Primavera. .
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Era costume de alguns acender no Natal oito velas. .
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Em imitação a alguns personagens bíblicos, quando acontecia algo importante, rasgavam-se as vestes. .
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Um costume ainda muito comum hoje em dia era varrer o chão longe da porta, ou varrer a casa de fora pra dentro, com a crença de que se o contrário fosse feito as visitas não voltariam mais. Na verdade esta prática está ligada ao respeito pela Mezuzah, que era pendurada nos portais de entrada, e passar o lixo por ela seria um sacrilégio..
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Ao abençoar um filho, neto ou sobrinho, costumava-se fazer com a mão sobre a cabeça..
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Como o dia judaico começa na noite do dia anterior, o início de um dia era marcado pelo despontar da primeira estrela no céu. Assim o sábado (dia de celebração nas casas judaicas), começava com o despontar da primeira estrela no céu da sexta-feira. Se uma pessoa demonstrasse alguma reação publicamente com relação a tal estrela, ela seria alvo de suspeitas. Um adulto consegue conter-se, mas uma criança não. Então ensinava-se às crianças a lenda de que apontar estrelas fazia crescer verrugas nos dedos. .
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Ritos Fúnebres:.
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Cobrir todos os espelhos da casa. .
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Toda a água da casa do defunto era jogada fora. Cortar as unhas do defunto (ou pelo menos um par delas) como também alguns fios de cabelo e envolver tudo em um pedaço de papel ou pano. .
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Lavar o corpo com água trazida da fonte em um recipiente novo, que nunca tenha sido usado, e vestir o corpo em roupas brancas, as mortalhas.O corpo era velado durante um dia, e então uma procissão levava-o à igreja e de lá ao cemitério.A casa então era lavada.Durante uma semana manter-se-ia o quarto do finado iluminado..
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A casa da família enlutada fechada ao máximo, durante uma semana, com incenso queimando pelos cômodos. Quase ninguém entrava ou saía durante esse período. Os homens não se barbeavam durante trinta dias..
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Manter o lugar do defunto à mesa, encher o prato dele ou dela e dar a comida a um mendigo. Não comer carne durante uma semana depois de uma morte na família. Jejuar no terceiro e oitavo dia e uma vez a cada três meses durante um ano. .
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Convidar um mendigo para comer e servir a comida que o morto mais gostava. .
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Colocar comida perto da cama do defunto. Fazer a cama do defunto com linho fresco e queimar uma luz perto dela durante um ano. .
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As parentes mulheres deveriam cobrir suas cabeças e esconder as faces com uma manta. Ir para o quarto do defunto por oito dias e dizer: "Que Deus te dê um boa noite. Você foi uma vez como nós, nós seremos como você ". .
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Passar uma moeda de ouro ou prata em cima da boca do defunto, e então dá-la a um mendigo. Passar um pedaço de pão em cima dos olhos do defunto e dá-lo a um mendigo. .
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Dar esmolas em toda esquina antes da procissão funerária chegar ao cemitério. Dar pelo menos para um mendigo um terno completo e comida aos Sábados durante um ano. .
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Ter várias luzes iluminando em véspera de Dia Puro, em memória do defunto. .
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Em algumas cidades havia o chamado "abafador", que deveria ajudar alguém gravemente doente a ir embora antes que um médico viesse examiná-lo e descobrisse que o enfermo é judeu. O abafador, a portas fechadas, sufocava o doente, proferindo calmamente a frase "Vamos, meu filho, Nosso Senhor está esperando!". Feito o trabalho, o corpo era recomposto e o abafador saía para dar a notícia aos parentes: "ele se foi como um passarinho..."..
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Há cerca de três anos, comecei a montar minha árvore genealógica, por mera curiosidade. Confesso que não fui muito longe, pois infelizmente minha família tem um total desinteresse pelo passado. Contudo, minha maior descoberta foi meu sangue judeu. .
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Muito mais importante do que descobrir o nome de meus tataravós e sua cidade natal, foi saber-me judia. .
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Hoje tenho consciência da minha obrigação de passar esta descoberta aos meus filhos e fazer o caminho de volta ao judaísmo; caminho de onde meus antepassados foram cruelmente arrancados, e colocar a mim e aos meus descendentes nos trilhos originais de nossa história pessoal..
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Carrego com orgulho minha estrela de David e toda vez que alguém demonstra interesse, explico a história dos judeus da inquisição e de Nuno Lopez, o primeiro Saldanha (sobrenome de solteira da mãe de meu pai)..
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Hoje começo a aprender as tradições do meu povo. Isso é muito maior do que qualquer nome de parentes distantes que eu nunca vou saber. Pois coube a mim, corrigir o trajeto dos Caldeira, Almeida, Dias, Cardoso, Resende, Pereira, Rodrigues, Saldanha, Sá e todos os outros sobrenomes que já desapareceram da família. Os sobrenomes desapareceram, mas o sangue judeu não. E mesmo com toda a eficiência de Isabel de Castela, Ferdinando e Torquemada, nós vencemos..
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Mesmo depois das humilhações em praça pública, da miséria, dos roubos de nossos filhos, das inúmeras fogueiras e da perda de nossos sobrenomes, ainda assim nós vencemos. Não os inquisidores, mas nós, os sefarditas..
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Cada um de nós que descobre sua origem judaica e retorna ao judaísmo, está honrando todos aqueles que morreram queimados só porque sua crença não era igual a da maioria e porque não tínhamos um país para o qual retornar..
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Nossos antepassados em seus momentos de pavor não poderiam imaginar maior vingança contra a "Santa Inquisição"; do que o movimento que ocorre hoje no mundo todo: o de seus descendentes, que por vontade própria, cavam suas origens remotas e caminham de volta à fé que nos foi violentamente roubada. Por isso digo que fomos nós que vencemos..
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A todos aqueles que como eu, empenham-se em retornar ao caminho original e legítimo do judaísmo, deixo meu melhor Shalom, na certeza de que nosso sangue judeu é muito mais forte do que foi a ira da inquisição..
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Patrícia Caldeira de Almeida..
São Paulo, Brasil.
12.06.2003.
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19/01/2009

A respeito do estupro da noiva

Category: Uncategorized -January 19, 2009

O André Bressan escreveu uma postagem muito boa sobre a Noiva que eu decidi postar abaixo para reflexão dos leitores desse blog.

Li recentemente sobre o estupro da Noiva, mas conheço a moça e gostaria de dar um testemunho:

Fiquei muito triste com a notícia, mas já sabia que essa noiva adolescente não era lá essas coisas. É lamentável o abuso e a quantidade de gente passando a mão nessa menina, em plena luz do dia. Mas convenhamos, ela deixou de ser pacata e discreta há muito tempo, sempre instigando e seduzindo outros com sua saia curta de discernimento, seu decote farto em vaidades, uma boca lasciva entreaberta para propostas indecorosas, e um andar sinuoso, rebolando sem retidão. Não sei se dá pra chamar de estupro, um ato concentido e desejado. Acho que no fundo essa garota queria mesmo é pular a cerca, já que o noivo não chega e ela fica na janela da vida, olhando a banda passar, cantando coisas do amor, flertando com quem quer que passe.

Marota, ligeira, esse cara deve amá-la muito, pois eu já a teria mandado embora e procurado outra. Não sei bem, mas parece que vem de uma família complicada de muita gente má, criminosa, e provavelmente já sofreu abusos na infância. Quando retirada de sua família e adotada por um novo pai, foi cercada de cuidados, mas nunca sabemos até onde essas feridas foram saradas, o quanto esses anos de tortura e tristezas a marcaram. Seu irmão adotivo, de quem sou amigo, logo que a viu, se encantou e a pediu em casamento ao pai, que concordou com o casamento quando ela atingisse a idade adequada e ele terminasse suas tarefas. Saiu em jornada, mantem contato direto, mas lhe deixa livre pois segundo ele: “É melhor ela ser quem é, do que tentar fingir algo que não é. Amo-a assim mesmo, amo mesmo. Dei e daria a minha vida por ela se fosse preciso mais uma vez. Um dia volto e ela vem comigo, inteira, de coração aberto. Quem não erra na vida?”. Assim, não há argumentos que o convençam a deixá-la. Ele daria mesmo a vida novamente por ela, se precisasse.

A notícia é tendenciosa. A corrupção é do ‘algoz’ e da ‘vítima’. Ela conhece bem o seu noivo, sua índole, suas intenções. Sabe que ele é confiável, e que vai voltar. Sabe que ele pode satisfazê-la em todos os sentidos, mas prefere bater pernas enqunto ele está fora. Cristo pode até ser chamado de ‘corno manso’, ou de ‘cego’, mas ele é o único que não está sendo legalista, que não a está desprezando e o único cujo coração está cheio de amor, e não de crítica e condenação.

Talvez ela precisa de amigos e gente madura que a possa aconselhar.

Algumas das palavras de Cristo - coisa de gente apaixonada:

Cânticos 4:9 Enlevaste-me o coração, minha irmã, minha esposa; enlevaste-me o coração com um dos teus olhares, com um colar do teu pescoço.

Provérbios 31:10 ¶ Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis.

Provérbios 18:22 ¶ Aquele que encontra uma esposa, acha o bem, e alcança a benevolência do SENHOR.

Lucas 6:45 O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca.

Isaías 62:5 Porque, como o jovem se casa com a virgem, assim teus filhos se casarão contigo; e como o noivo se alegra da noiva, assim se alegrará de ti o teu Deus.

Jeremias 33:11 A voz de gozo, e a voz de alegria, a voz do esposo e a voz da esposa, e a voz dos que dizem: Louvai ao SENHOR dos Exércitos, porque bom é o SENHOR, porque a sua benignidade dura para sempre;

Reverendo Baggio

Em qual geração Jesus voltaria/

Em qual geração Jesus voltaria?

Como explicar estas profecias...

>>>> 1º Versículo:

"Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras. Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino." (Mat. 16, 27-28).

Simples de entender...

JESUS SE REFERIA À JOÃO, O DISCÍPULO AMADO, QUE IRIA RECEBER DELE, A BENDITA REVELAÇÃO DO APOCALIPSE. CRIOU-SE ATÉ UMA LENDA, ENTRE OS DISCÍPULOS ACERCA DE JOÃO, QUANDO PEDRO PERGUNTA A JESUS SOBRE O QUE SERIA DELE.

TALVEZ, JESUS ATÉ ESTAVA A RELACIONAR TAL AFIRMAÇÃO, COM ESTA RESPOSTA À PEDRO; VEJAM:

João 20:

21 Ora, vendo Pedro a este, perguntou a Jesus: Senhor, e deste que será? 22 Respondeu-lhe Jesus: Se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso? Segue-me tu. 23 Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer. Jesus, porém, não disse que não morreria, mas: se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso? 24 Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. 10 Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi por detrás de mim uma grande voz, como de trombeta...

> JOÃO VIU "O GRANDE DIA DA VINDA DO SENHOR"; E NÃO SOMENTE ISTO, MAS TODOS OS ACONTECIMENTOS QUE IRIAM PRECEDER A VINDA DO SENHOR E DEMAIS PROFECIAS APOCALIPTICAS.

E além de João, também Pedro em “2º Pedro cap. 03”... Paulo - Em várias de suas epístolas revela detalhes que lhe fora revelado sobre - O DIA DO SENHOR - Aliás, este argumento "fraco" de alguns incrédulos e escarnecedores, de que houve contradição do Senhor Jesus, está exatamente previsto em 2º Pedro cap. 03...

>>>> 2º Versículo:

"Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam." (Mat. 24, 33-34)

VERSÍCULO CHAVE PARA SE ENTENDER TODO O TEXTO : Mat. 24: 03

Vejam que os discípulos fazem no vers. 03 três perguntas em uma só :

> DIZE-NOS QUANDO ACONTECERÃO ESTA COISAS?


> E QUE SINAL HAVERÁ DA TUA VINDA?


> E QUE SINAL HAVERÁ DO FIM DO MUNDO?

32 Aprendei, pois, da figueira a sua parábola: Quando já o seu ramo se torna tenro e brota folhas, sabeis que está próximo o verão. 33 Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que ele está próximo, mesmo às portas. 34 Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas essas coisas se cumpram.

> A figueira na bíblia é uma simbologia bíblica que representa a nação de Israel, pois os profetas chamavam a Israel de: A FIGUEIRA.

Vemos então nestes vers. que a figueira (Israel) seria o marco (relógio de Deus), que apontaria para a resposta das demais perguntas...

Tenro sig.: novo; recente; de pouco tempo; etc. A figueira (Israel), se tornou um País (estado) "novamente", em 1948.

Vejam que passaram-se quase dois mil anos; e o que precedeu a figueira brotar novamente e se tornar “tenro” os seus ramos? Isto ocorreu, EXATAMENTE após as duas GRANDES GUERRAS MUNDIAIS (nação contra nação; reino contra reino); vejam que após estas duas grandes guerras, vêm ocorrendo, apesar de toda a tecnologia e avanço científico, muitas pestes e doenças que têm afligido os homens e até animais - aids, dengue, gripe do frango, vaca louca, calazar, diversos tipos de câncer, peste negra, etc.

Assim também, a fome tem sido uma das principais causas de morte no mundo dos dias atuais. Outra coisa que chama atenção, é a intensificação dos terremotos; que nos últimos 100 anos, têm ocorrido com muito maior intensidade - o nº de terremotos dos últimos 100 anos, é maior que todas as outras ocorrências registradas em todos os tempos!

Voltando então ao assunto; e coadunando todos estes fatos, veremos que o "brotar novamente da figueira" (Israel) em seu território (Palestina), e o brotar das folhas (sua fixação e independência nacional) apontam para a proximidade da volta do Senhor Jesus.

Qual a geração que Jesus estava falando? A geração da figueira!

Uma geração, no contexto profético bíblico corresponde à cerca de 70/80 anos e quem passasse daí, viveria em canseira e enfado - salmo 90:10.

Vemos que Jesus estava dizendo que não passaria esta geração que contemplaria a restauração de Israel como nação, após a dispersão profética descrita em Mt. 24. O interessante é que isto ocorreu no ano 70 da era cristã, e somente quase 2.000 anos depois é que Israel veio a se tornar "nação-estado" novamente. Cremos então, que estamos vivendo a última geração, A GERAÇÃO DA FIGUEIRA (ISRAEL), QUE FOI PLANTADA NOVAMENTE EM SEU TERRITÓRIO, ou seja, a geração que contemplará a volta do Senhor à terra, para implantar o seu reino milenar e reinar com a igreja.

Entendemos que de 1948 para cá, estamos na tábua da beirada, e o que passar de 70/80 anos(de 1948 para cá...), será apostasia, blasfêmias e incredulidade (canseira e enfado).

Estamos vivendo então, o real tempo do fim, pois, juntamente com esta profecia, está se cumprindo as outras:

- Escarnecedores blasfemando e perguntando: “Onde está a promessa da sua vinda? II Pedro 3: 02 a 09


- A Ciência se multiplicou de 1948 para cá... Daniel 12: 01 a 04
- A impiedade e aumento de jovens revoltados contra Deus – II TIMÓTEO 3: 01 A 05
- A maligna intenção de anular a Cristo e sua ressurreição – O ESPÍRITO DO ANTICRISTO E SUA BREVE REVELAÇÃO ATRAVÉS DA “NOVA ORDEM MUNDIAL”.

Tudo isto assinala, que de fato, estamos no fim “do fim”.

PB. Waldir Alves

Esclarecimentos

O Diabo Continua na Presença de Deus?

Pergunta:

Satanás no A.T. tinha livre acesso diante de Deus para acusar os servos do Senhor, mas no N.T. esta condição não existe mais. Isso realmente é verdade ou é uma teoria?

Resposta:

Vejamos os textos bíblicos correspondentes.

“E vindo um dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles” (Jó 1.6; 2.1).

Comentários:

  • “Antes da morte e da ressurreição de Cristo, Satanás tinha acesso vez por outra à presença de Deus, quando então questionava a sinceridade e retidão dos fiéis (v. 1.6-12; 2.1-6; 38.7; Ap 12.10). Por outro lado, a Bíblia não declara em nenhum lugar que Satanás tem acesso direto a Deus na nova aliança, embora ele continue acusando os crentes. O crente pode eliminar essas acusações por meio do sangue de Cristo, de uma boa consciência e da Palavra de Deus (cf. Mt 4.3-11; Tg 4.7; Ap 12.11). Nossa confiança é reforçada pelo fato de termos como nosso Advogado perante o Pai o Senhor Jesus Cristo (1 Jo 2.1), que está à sua destra, intercedendo por nós (Hb 7.25)”. (Bíblia de Estudo Pentecostal).
  • “Satanás tinha sido oficialmente expulso do céu, contudo, na verdade, ele ainda continuava tendo acesso à presença de Deus. Em várias partes das Escrituras encontramos que Satanás tem acesso à presença de Deus com o fim de acusar os santos. Em Zacarias 3.1 temos a visão de Josué diante do Anjo do Senhor e com Satanás à sua direita pára acusá-lo. Apocalipse 12.10 identifica Satanás como o acusador dos irmãos: “... o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus”. Aparentemente, como “o príncipe da potestade do ar” (Ef 2.2), Satanás tem tido a oportunidade de comparecer perante Deus com o propósito de acusar de pecado os filhos de Deus. E é isso o que ele fez contra Jó, tanto em Jó 1.6 como em 2.1” (Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia, Norman Geisler e Thomas Howe).

“E me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do SENHOR, e Satanás estava à sua mão direita, para se lhe opor” (Zc 3.1).

Comentários:

  • “Josué estava representando a nação de Israel diante de Deus. Satanás, “o adversário”, encontrava-se em pé, à sua mão direita, para se lhe opor. Isto significa que os impedimentos e as oposições contra a reconstrução do templo realmente provinham do diabo. Ele continua como nosso adversário; é o “acusador de nossos irmãos” (Ap 12.10); o que procura tirar proveito de nós contra a obra de Deus” (Bíblia de Estudo Pentecostal).

“Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito. Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele servirás. Então, o diabo o deixou...” (Mt 4.10).

Comentários:

  • “Satanás (do gr. Satan, que significa adversário), foi antes um elevado anjo, criado perfeito e bom. Foi designado como ministro junto ao trono de Deus, porém num certo tempo, antes de o mundo existir, rebelou-se e tornou-se o principal adversário de Deus e dos homens (Ez 28.12-15). (1) Satanás na sua rebelião contra Deus arrastou consigo uma grande multidão de anjos das ordens inferiores (Ap 12.4) que talvez possam ser identificados (após sua queda) com os demônios ou espíritos malignos. Satanás e muitos desses anjos inferiores decaídos foram banidos para a terra e sua atmosfera circundante, onde operam limitados segundo a vontade de Deus. (...) Satanás não é onipresente, onipotente, nem onisciente; por isso a maior parte da suas atividade é delegada a seus inumeráveis demônios (Mt 8.28; Ap 16.13). (...) No fim da presente era, Satanás será confinado ao abismo durante mil anos (Ap 20.1-3). Depois disso será solto, após o que fará uma derradeira tentativa de derrotar a Deus, seguindo-se sua ruína final, que será o seu lançamento no lago de fogo (Ap 20.7-10). (...) O cristão deve sempre orar por livramento do poder de Satanás (Mt 6.13), para manter-se alerta contra seus ardis e tentações (Ef 6.11), e resistir-lhe no combate espiritual, permanecendo firme na fé (Ef 6.10-18. 1 Pe 5.8,9)”. (Bíblia de Estudo Pentecostal).

“E ouve batalha no céu: Miguel e seus anjos batalhavam contra o dragão; e batalhavam o dragão e os seus anjos, mas não prevaleceram; nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo. Ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele. E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora chegada está a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite” (Ap 12.7, 9, 10).

Comentários

  • “A tribulação significa não somente grandes conflitos espirituais na terra, mas também nos céus. (a) Satanás é derrotado, precipitado na terra (cf. Lc 10.18: “Eu via Satanás, como um raio, cair do céu”). O céu se regozija porque (vv 10-12), porque Satanás já não é uma força espiritual nos lugares celestiais. Ao mesmo tempo, isso causa “ais” em relação aos que vivem na terra (vv.12,13). É possível que a expulsão de Satanás dê início à grande tribulação; Satanás acusa os crentes diante de Deus. (Ap 12.10). Sua acusação é que os crentes servem a Deus por interesse pessoal (cf. Jó 1.6-11; Zc 3.1). Os crentes fiéis vencem Satanás ao serem libertos do seu poder pelo sangue do Cordeiro, falando resolutamente de Cristo e demonstrando disposição de servir a Cristo, custe o que custar” (Bíblia de Estudo Pentecostal).

Entendo que:

  • O céu não é habitação de Satanás e seus anjos maus. Sei que isso é o óbvio, mas faz-se necessário deixar bem claro, à vista do que lemos acima.
  • Embora não fazendo parte das hostes celestiais, eis que foi expulso, Satanás continua como acusador (Ap 12.10).
  • O acusador “será” expulso no final dos tempos. Para que Satanás possa acusar, há necessidade de apresentar-se a Deus. O ato da acusação requer um interlocutor que receba a acusação.
  • Corrobora esse raciocínio o fato de Satanás haver comparecido à presença do Senhor Jesus (Deus encarnado), no deserto. (Mt 4.1-11) (Pr. Airton E. da Costa).



Autor: Pr Airton Evangelista da Costa

Reflexão

Êxodo 31:1-18

Observemos nessa passagem a sucessão de verbos: chamei pelo nome, o enchi do Espírito de Deus, lhe dei por companheiro, dei habilidade, o que tenho ordenado. Tudo relacionado ao serviço é direcionado do alto, pelo próprio Deus. O próprio Moisés não era qualificado para escolher os artífices. Vemos em Atos 13:2 o Espírito Santo designando Barnabé e Saulo para a obra que o Senhor os havia chamado. Evidentemente, não cabe ao próprio artífice decidir o que ele queria fazer. É Deus quem lhe designa e dá a habilidade e a sabedoria necessárias. Deus deu a cada um de nós uma medida de inteligência. Em que temos usado a nossa medida? Talvez para aplicar em diligentes estudos ou para ganhar dinheiro. Mas o desejo do Senhor para nós, sob a ação de Seu Espírito, é usar toda a nossa habilidade em Seu serviço.

Finalmente, é Deus quem, juntamente com o serviço, dá a Seus servos o descanso necessário. O Evangelho nos mostra o Senhor Jesus chamando os Seus discípulos, enviando-os e, por último, no retorno deles, levando-os à parte, num lugar deserto, para repousar (Marcos 6:7, 31). Nesta passagem o descanso assume a forma do sábado. "O sábado foi estabelecido por causa do homem", disse o Senhor Jesus (Marcos 2:27). Agradeçamos a Deus pelo descanso que Ele nos dá.

Reflexão

Esses Cristãos Certinhos por demais....

Às vezes, observando a atitude de certas pessoas (e minha própria atitude), parece que estou ouvindo ecos de MINHA EXISTENCIA. É aquele tipo de atitude que diz: “Eu sou bom demais para fazer isso, sou bom demais para freqüentar essa igreja ou grupo, sou bom demais para servir naquele ministério, sou bom demais para freqüentar aquele estudo bíblico ou culto de oração, sou bom demais para me relacionar com aquelas pessoas, sou bom demais para…”

Quando converti-me e bem jovem tinha que fazer evangelismo ao ar livre com uma equipe que ficava nas praças,paradas de ônibus e muitas vezes na periferia da cidade cantando o que eu considerava estúpidas musicas para transeuntes completamente apáticos.Eu achava tudo aquilo ridículo demais e detestava fazer parte daquela equipe. Mais tarde porém, eu percebi que Deus estava tentando trabalhar em meu coração, pois minha atitude era arrogante (era too sexy) e eu precisava aprender a ser humilde e estar disposta a me humilhar quando necessário para ser usado verdadeiramente por Deus. O problema, como eu reconheço hoje, é que o arrogante quase nunca reconhece que é arrogante até que Deus faça algo dramático para despedaçar sua imagem too sexy.

Em Apocalipse 3 encontramos um grupo de pessoas que se considerava too sexy - os crentes em Laodicéia. Eles se achavam bons demais até que receberam um carta ditada pelo próprio Senhor Jesus dizendo que, na verdade, eles não passavam de miseráveis, desgraçados, estavam cegos e nus.

Será que o mesmo não poderia ser dito de muitos de nós hoje em dia? Enquanto ficamos criticando e julgando a Igreja de longe, nos achando melhores do que Ela para fazer parte dela, tentando tirar-Lhe os ciscos quando temos verdadeiras toras em nossos próprios olhos? Ou quando cedemos a tentação de tentar tornar a Igreja (Noiva) mais sexy na esperança de ajudá-la a atrair o mundo?

“A verdade nunca é sexy
Ela não se vende facilmente
Você pode vesti-la com a cultura
Que ela irá chocar as pessoas do mesmo modo
Ela não precisa de desculpas por ser quem ela é
Ela não precisa de sua ajuda para fazer inimigos…”

Nossa atitude too sexy não ajuda em absolutamente nada a Causa de Cristo. O Reino pertence aos pobres de espírito, aos humildes. Somente podemos ser úteis a Causa quando reconhecemos que nada somos, que nossa autojustiça fede, que todo dom e talento é fruto da Graça e Bondade de Deus. O caminho da revolução parte da Cruz e conduz à Cruz. A Igreja é a comunidade do Crucificado e daqueles que carregam a cruz diariamente. Os que são too sexy sempre irão encontrar em Cristo e Sua Noiva uma pedra de tropeço. Que Deus nos ajude a nos despir de nossa atitude too sexy e nos revistir do Espírito de Cristo que é Manso e Humilde de coração.

Libertaçaõ

Pedras Removidas

“Quando arcas são construídas, vidas são salvas;

Quando soldados marcham, Jericó desmorona;

Quando exércitos se levantam, mares ainda se abrem;

Quando um lanche é compartilhado, milhares são alimentados;

Quando uma roupa é tocada - quer seja pela mão de uma mulher anêmica da Galiléia ou pelas orações de um mendigo em Bangladesh ;

Jesus pará, Ele pará e responde." (Max Lucado)

Igreja

IMATURIDADE NA IGREJA

Imaturidade, segundo 1 Co 3.1-4 quer dizer pensar e agir carnalmente, como criança indisciplinada. Alguns líderes têm tropeçado mostrando carnalidade segundo a descrição de Gl 5.19-21 e 2 Co 2.17. As conseqüências da imaturidade são de espalhar as ovelhas, dividir a igreja, e de comunicar à mensagem que o que a Bíblia ensina sobre santidade e responsabilidade não tem importância. Imaturidade na liderança estraga os relacionamentos e transforma a igreja ou organização cristã numa igreja mundana (1 Co 3.3).

É triste notar que a Igreja está cheia de puer aeternus espirituais, ou seja, eternas crianças espirituais, gente que parece não amadurecer nem um pouquinho a cada ano que passa. Até parece que a Igreja está vivendo encalhados no tempo, vivendo sempre a mesma realidade espiritual. Passa ano e entra ano e cristãos continuam repetindo os mesmos erros, promovendo divisões, fazendo “biquinho”, se comportando como crianças ou, nas palavras de Paulo, como carnais. A primeira carta de Paulo aos Coríntios parece ter sido escrita para a Igreja de nossos dias (pelo menos do que observo ao meu redor). E o problema atinge a liderança cristã também. Há pastores imaturos, líderes imaturos, pregadores imaturos, missionários imaturos fazendo muito estrago por aí. Kyrie, Eleison, Christe, Eleison!

Deus só vive para homem, mas este perdeu a independência e a dignidade para poder entendê-Lo. O mundo sempre precisou da Igreja, esta, porém, preocupou-se mais consigo mesma do que com as necessidades do mundo,ao qual deve servir. O incrédulo sente um desejo ardente de ser crente também,mas o fanatismo, o orgulho e a falta de alegria observadas nos crentes impeliram-no para outros rumos,aos quais se habituou muito bem. Contudo é esta a época do homem,a oportunidade da Igreja,o momento do “crente”.